Page 254 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                depurados das bactérias pelo método Sevag (SEVAG, 1934) ou pelo processo
                do “fenol em frio” (GOTSCHLICH, 1972), a seguir precipitando-se, por ação do

                brometo de cetrimônio, no líquido de cultivo, e dissolvidos, depois, em solução de
                cloreto de cálcio. O método do fenol em frio tende a dar polissacarídeos de alto
                peso molecular. Os polissacarídeos finais são caracterizados quimicamente e por

                aferições físicas, conforme sua pureza e seu peso molecular, estabelecendo-se a
                fórmula do produto final. Este será revertido em frasco-ampolas e colocado a secar.
                A inocuidade e atividade do produto serão testadas conforme as “Normas para
                Vacina Antimeningocócica de Polissacárides”, baseadas em estudos bioquímicos e
                biofísicos.

                      Embora admitida como suficientemente documentada, a deficiência dos
                polissacarídeos A e C no combate eficaz à meningite cerebroespinhal e a ausência
                de vacina satisfatória antimeningocócica B, foi considerada de interesse a

                perspectiva de associação dos polissacarídeos meningocócicos entre si e destes com
                o do H. influenzae tipo b e os pneumocócicos. Justificaram o emprego das vacinas
                polissacarídeas A e C “em setores de população que mostram altas taxas de ataque
                em regiões com epidemia de meningite devidas a esses sorogrupos”, considerando
                que, pelo custo da vacina e reduzidos recursos dos países em desenvolvimento,

                deve-se empregá-la “primordialmente para proteger grupos muito vulneráveis e bem
                definidos”.
                      FRASCH & FRIEDMAN, 1977 , verificando predomínio do sorotipo 2
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                em amostras de meningococo dos sorogrupos B, C, Y e W135 procedentes de
                doentes (49%), em relação aos portadores (21%), admitiram sua importância
                na imunoprofilaxia, além de poderem representar marcadores de virulência. Os
                sorotipos, em número de 2 a 4 por meningococo, foram determinados pela técnica
                de dupla difusão em gel.

                      O sorotipo 2 já foi associado a epidemias do sorogrupo C 86, 148 ,  assim como o
                sorotipo 9 tem sido associado também à doença pelo sorogrupo B .
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                      FRASCH, 1977 , demonstrou que crianças menores de 2 anos, convalescentes
                de DM por sorogrupo B e C de meningococo do sorotipo 2, apresentavam anticorpos
                contra esse sorotipo em níveis comparáveis aos encontrados em adultos normais,
                indicando sua potencialidade imunogênica para crianças pequenas.




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