Page 257 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                meses; nesta idade, a imunização primária ou a 3ª dose da vacina produziram
                níveis semelhantes de anticorpos.
                      A vacina do sorogrupo C, ao contrário do A, induziu à resposta sorológica aos

                3 meses em 90% (níveis médios de anticorpos de 0,49µg/ml), que aumentou quando
                feita aos 7 e 12 meses em 100% (média de 1,41 e 2,62µg/ml, respectivamente),mas
                representando, aos 12 meses, 1/10 da resposta do adulto; as doses de reforço, no
                entanto, não levaram a nenhuma reação anamnéstica e, ao contrário, produziram

                níveis de anticorpos mais baixos que os observados à primovacinação, exceto
                quando a dose de reforço foi de 10µg; o reforço aos 2 anos também não levou à
                resposta diferente da primovacinação nesta idade.
                      Em relação a doses, não houve diferenças de respostas sorológicas, exceto

                ao reforço da vacina C com 10µg, referido acima.
                      Os autores admitem que as diferenças na resposta dos lactentes aos sorogrupos
                A e C possam derivar da imunidade preexistente; observaram entre lactentes não
                vacinados, a presença de anticorpos anti-A (≥ 0,13µg/ml) aos 12 meses em 60% e

                aos 18 meses em mais de 90%, enquanto anticorpos anti-C detectáveis (≥ 0,10µg/
                ml) ocorreram aos 12 meses em 21% e aos 18 meses em 43%. No entanto, não se
                conhece o mecanismo da imunização natural (reação cruzada a polissacarídeos
                capsulares de E. coli e Bacillus sp), admitindo-se que seja mais precoce a resposta

                imune ao sorogrupo A.
                                            196
                      WAHDAN e col., 1977 , à semelhança de seu estudo anterior com sorogrupo
                  115
                C , vacinaram escolares entre 6 a 15 anos, de Alexandria, Egito, aplicando
                polissacáride A em 88.383 outras. O seguimento de 2 anos mostrou, no primeiro,

                morbidade de 1,13/100.000 entre os vacinados e de 10,20/100.000 nos controles
                e, no 2º ano, de 3,39 e 3,40/100.000, nos respectivos grupos. A diferença, no 1º
                ano, equivaleu a uma proteção de 88,9%; a falha, no 2º, talvez possa ser atribuída
                ao menor peso molecular da vacina utilizada (até 75.000) em comparação à do

                sorogrupo C (170.000), usada anteriormente pelos autores, capaz de proteger,
                segundo os mesmos, por 3 anos. Verificaram também relativa redução da taxa de
                novas aquisições de meningococo em nasofaringe, assim como da permanência
                do sorogrupo A em portadores vacinados com o mesmo sorogrupo durante o

                primeiro ano.




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