Page 260 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                      BRANDT, SMITH & ARTENSTEIN, 1978 , estudaram a resposta sorológica
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                a vacina antimeningocócica em cerca de 200 recrutas voluntários na dose de 50µg
                por via subcutânea, nos seguintes esquemas de aplicação: vacinas A e C aplicadas
                em dois locais no mesmo braço e na mesma ocasião; injeção do sorogrupo A

                seguida, após 1 semana, do sorogrupo C; e aplicação única do sorogrupo C. As
                vacinas mostraram-se imunogênicas em todos os esquemas, mas, pela técnica
                de radioimunoensaio  se verificou maior taxa de anticorpos à vacinação dupla,

                enquanto pela prova dos anticorpos bactericidas do soro houve maior resposta
                após a aplicação do sorogrupo A, isoladamente, e nenhuma diferença na reação
                ao sorogrupo C nas três formas de uso. Isto foi atribuído a um maior número de
                voluntários com anticorpos anti-A prévios.
                      LAPEYSSONIE, 1978 , analisando a DM em países africanos do “cinturão
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                da meningite”, ressaltou que ali, onde eram quase exclusivos o sorogrupo A e as
                formas da doença localizadas em SNC, vem sendo diagnosticado, a partir de 1975,
                o sorogrupo C e descritas formas septicêmicas da moléstia. Considerou que o

                polissacáride vacinal A tem mostrado aptidão em proteger e controlar epidemias,
                sendo aplicado na África desde 1973. Concluiu o autor pela necessidade de uma
                dupla imunização com os sorogrupos A e C.
                      NIKOSKELAINEN  e col.,  1978 ,  a partir  de  um  caso  de  sepsis  grave e
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                fatal por meningococo sorogrupo Y em um recruta anteriormente sadio e após

                2 meses da vacinação com os polissacárides meningocócicos A e C, investigaram
                a frequência de portadores de todos os sorogrupos entre os demais 84 da mesma
                unidade. Verificaram que, de 31 portadores de meningococo, 46% correspondiam

                ao sorogrupo Y, raramente isolado dos controles não vacinados. Na Finlândia,
                de onde procede a pesquisa, desde 1976 é feita, de rotina, a vacinação contra N.
                meningitidis A e C nas Forças Armadas, e os autores sugerem de suas observações
                que essa conduta pode levar ao aumento da frequência de doença por sorogrupo Y.
                      FALLON, 1978 , considerando os casos de NIKOSKELAINEN , refere
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                que, na Escócia, o sorogrupo Y, embora raramente isolado de pacientes, tem sido
                frequentemente observado em portadores e, assim, entre 20 cepas identificadas
                desde 1970, 17 foram em portadores. Assinala também que na Escócia e na

                Inglaterra e Galles, o grupo W135 tem-se tornado causa significante de doença,
                representando 1/3 dos agentes de DM em 1975 e 1976 e igualando-se, em 1977, ao


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