Page 264 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                maioria da população, e o comportamento a seguir, que “sugere fortemente que a
                vacina foi o instrumento para término da epidemia”, destacando os bons resultados

                quanto ao sorogrupo C. Especificamente em relação ao sorogrupo A, mencionaram
                os bons resultados obtidos durante epidemia na Finlândia. Consideraram, porém,
                dois problemas maiores ainda não resolvidos: a não efetividade do sorogrupo C

                em menores de 2 anos e a falta de vacina para o sorogrupo B.
                      A respeito da ocorrência endêmica de meningites, excluindo os
                recém-nascidos,  consideraram que seria ideal o uso combinado de vacinas
                antimeningocócicas com inclusão dos sorogrupos Y e W135, em associação
                aos polissacárides de  H. influenzae tipo b, e aos 14 ou mais polissacárides

                pneumocócicos.
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                      GREENWOOD, ODULOJU e ADE-SERRANO, 1979 , estudaram a
                imunidade celular em pacientes de DM pelo sorogrupo A e em vacinados com

                o mesmo sorogrupo. Foram 50 pacientes de 12 a 40 anos, 10 adultos sadios
                imunizados e 12 adultos sadios controles (não imunizados), nem todos submetidos
                a  todas  as  provas.  Nos  pacientes,  a  imunidade  celular  foi  avaliada  através  de:
                testes de pele - mostraram reação mais marcada aos antígenos meningocócicos,
                na admissão e 3 dias após, e resposta diminuída à candidina, sendo apenas esses

                os antígenos utilizados; contagem de linfócitos - durante a fase aguda da doença
                houve aumento significante da proporção de linfócitos B, com manutenção do seu
                número absoluto, e diminuição do número total de linfócitos T, com manutenção

                de sua proporção; proliferação linfoblástica - apresentou-se muito diminuída
                à admissão dos pacientes; migração de leucócitos - houve maior inibição da
                migração leucocitária pelo meningococo à admissão dos pacientes. Os adultos
                sadios vacinados foram avaliados através do teste de proliferação linfoblástica,
                não se obtendo nenhuma estimulação antes ou após a vacinação, e do teste de

                migração leucocitária, não se detectando inibição dos leucócitos pelo antígeno
                meningocócico após o uso da vacina.
                      Os autores concluem que a transformação dos linfócitos (à fitohemaglutinina
                e aos antígenos meningocócicos) está severamente diminuída em pacientes com

                meningite meningocócica aguda, embora a patogênese seja incerta; que a depleção
                dos linfócitos T circulantes possa estar ligada à ativação das células supressoras,




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