Page 266 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                70/100.000 habitantes) e, além disso, pela composição etária de sua população, com
                83,3% entre 2 e 20 anos de idade. Nesta faixa, a vacina foi aplicada, durante 4 dias,

                de 5 a 8 de setembro de 1978, em 13.735 indivíduos. De 1 em cada 50 vacinados
                foi feito suabe de garganta e dosados anticorpos bactericidas antimeningocócicos,
                totalizando 219 indivíduos, sendo estes repetidos em 163 daqueles.

                      Não houve reações adversas à vacina. Houve significante aumento na taxa
                de portadores após a imunização, de 7,3 para 16%, a maioria sendo do sorogrupo
                A (seguido das cepas não tipáveis); elevou-se, de 4 vezes, o nível de anticorpos
                entre 89% dos examinados para o sorogrupo A, e 84,58% para o sorogrupo C.
                O número de casos notificados caiu acentuadamente nos 15 meses observados

                após a campanha, admitindo-se que ela interrompeu a epidemia, enquanto nas
                localidades sem vacinação a queda foi gradual.
                      GREENWOOD & WALI, 1980 , estudaram a ação vacinal no Zaire, Nigéria,
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                onde epidemia da DM pelo sorogrupo A, na estação fria e seca, ocorria há 3
                anos, comparando a frequência da meningite em aldeias submetidas, ou não,
                à imunização específica. A doença predominou significantemente entre os não
                vacinados, e foi controlada com rapidez onde a vacinação foi feita; neste sentido,
                o uso de 300 doses evitou, aproximadamente, 1 caso de DM. Não impediu,

                entretanto, a propagação do meningococo epidêmico, pois não diminuiu a taxa de
                portadores, nem de novas aquisições (o que também se verificara anteriormente
                em Ruanda, mas ao contrário do observado entre militares americanos e crianças

                egípcias). Os autores consideraram que relação custo-benefício mais adequada se
                associaria à vacinação seletiva, imediata à identificação do aumento da doença
                e, assim, voltada apenas à região em que estivessem ocorrendo os casos e à faixa
                etária em que a vacina atua, embora admitindo a impopularidade desta última
                medida.

                      GREENWOOD e col., 1980 , investigaram em 360 nigerianos de aldeias
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                rurais a atuação da vacina sorogrupo C em relação a alguns fatores do indivíduo
                e  seu  meio.  Verificaram  que  os  títulos  sorológicos  na  pós-vacinação  avaliados

                por hemaglutinação, em média não foram mais elevados naqueles que já
                apresentavam sorologia alta antes da vacinação; que os níveis sorológicos, em
                vacinados, apresentaram menores variações entre habitantes das mesmas casas




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