Page 268 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
e C, 2 anos antes, observando, nesses conjuntos, níveis sorológicos mais altos do
que em “pools” de controle.
Os autores revendo a literatura ressaltaram a variação de achados quanto à
duração dos anticorpos à N. meningitidis. Admitiram, porém, que essas diferenças
possam se dever ao uso de diferentes técnicas, lembrando, como exemplo, que,
no estudo de um “pool”, um único soro com alto nível de anticorpos pode elevar
o resultado total, ou que às técnicas podem medir diferentes tipos de anticorpos.
Entretanto, verificaram, conforme sua metodologia, que em 18 “pools” e 14 amostras
individuais de soros de pacientes, testados por hemaglutinação e radioimunoensaio,
houve razoável correlação de resultados; referem, porém, que BRANDT e col. apud
226 encontraram menores níveis de anticorpos à vacina meningocócica estocada,
medidos por radioimunoensaio em relação à hemaglutinação. Comentaram ainda
que a rápida queda de níveis sorológicos durante o primeiro ano da vacinação
foi semelhante ao que SALIOU verificou no Alto Volta apud 226 , porém diferente das
observações de ARTEINSTEIN & BRANDT em adultos americanos . Os níveis de
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anticorpos, observados por radioimuncensaio, entre os africanos não imunizados,
foram mais elevados do que nos adultos e crianças maiores da Europa e Estados
Unidos, admitindo, os autores, que a diferença decorra da variação da técnica, ou
da epidemiologia na África, onde a infecção natural pelo meningococo, ou bactéria
de imunidade cruzada, pode ser mais precoce e intensa. Consideraram ainda que,
pelas sérias implicações de um amplo programa de imunização, é importante
confirmar os presentes achados, discordantes, por exemplo, das observações de
GOLD e col., 1974, que, partindo da demonstração de nível protetor de anticorpos
durante os primeiros 6 anos de vida em crianças imunizadas com 3 a 4 doses
espaçadas de polissacáride A, preconizam esquema semelhante de imunização
para outras regiões do mundo como a África.
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KAYHTY e col., 1980 , em estudo feito na Finlândia durante a epidemia
de 1973-1976 aplicaram o polissacáride A em 2.030 pessoas, de 10 semanas a 19
anos de idade, seguindo-as durante 3 anos; as crianças de até 18 meses receberam
2 doses de 30µg de antígeno, com intervalo de 2 meses, e as demais, dose única de
50µg. Os anticorpos foram dosados antes e após 3 semanas das vacinações, pela
técnica de radioimunoensaio. Verificaram que o nível médio pré-vacinal, entre
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