Page 273 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
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HANKINS e col., 1981 , testaram em 150 indivíduos adultos vacina
polissacarídica tetravalente, contendo 50µg dos sorogrupos A, C, Y e W135,
aplicada por via subcutânea, sendo a resposta medida através de testes bactericidas
e quantificação de anticorpos por radioimunoensaio. Não se registraram nenhum
efeito adverso clinicamente significante, observaram 90% de resposta sorológica
a ambos os testes e verificaram, após 1 ano, altos níveis de anticorpos circulantes
na maioria dos testados, assinalando-se uma reação imune independente a cada
componente.
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MORENO & col., 1982 , realizaram no Chile, na cidade de Osorno, uma
avaliação sorológica, por hemaglutinação, da vacina antimeningocócica A + C em
100 crianças de 8 a 9 anos com igual número de meninas e meninos e divididos
em 2 grupos - estudantes de colégio particular de alto nível socioeconômico e
de escola pública de baixo nível socioeconômico, tomando 100 crianças não
vacinadas como controle. Houve soroconversão ao polissacáride A, de 84%, e ao C,
de 90%, sem modificações no sorogrupo B, com descida dos títulos aos 12 meses
de vacinação e retornando aos 17 meses aos mesmos níveis pré-vacinais. Não se
observaram diferenças significativas quanto ao sexo ou condição socioeconômica.
Referiram os autores que, em 1979, durante um surto de DM na mesma
cidade, cuja morbidade atingiu a 21,7 casos por 100.000 habitantes, foi vacinada
96% da população total de 136.000 habitantes verificando-se, em 1980, uma queda
da incidência a 5,8 casos/100.000. Consideraram imunização apropriada em caso
de epidemia, embora salientando que o retardo constatado - de 45 dias a 3 meses
- na elevação dos anticorpos “limita consideravelmente o emprego da vacina entre
indivíduos comunicantes de casos de DM em épocas epidêmicas”.
GALASKA, 1982 , do Programa de Expansão da Imunização da
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Organização Mundial de Saúde, após uma ampla revisão sobre aspectos
imunoepidemiológicos da DM, afirmou que “a justificativa para imunização de
rotina em massa de lactentes e crianças com a vacina normalmente disponível
continua não estabelecida”. Considera prematuro recomendá-la aos países em
desenvolvimento em decorrência de: irregularidade das epidemias; mudanças de
sorogrupos de meningococo; variação da distribuição da doença por idade em
diferentes áreas; necessidade de reforços da vacina do sorogrupo A em lactentes e
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