Page 271 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
Em 1981, a Divisão de Epidemiologia, Estatística e Informação do
Ministério da Saúde, Brasil, apresentou dados relativos à evolução de meningite
meningocócica do período pós-epidêmico de 1976 a 1979, referente a 23 estados,
3 territórios e o Distrito Federal.
Verificou-se uma redução progressiva na proporção da DM em relação
às meningites em geral, nas Unidades Federadas, regredindo de 33,9 a 13,7%.
Continuou predominando na região Sul que, em 1976, apresentava a morbidade
máxima de 6,9 casos/100.000, sendo a maior frequência do País, entre os estados,
no Paraná - com 80/100.000 - e entre as capitais, em Curitiba - com 21,8/100.000;
seguindo-se das regiões Nordeste e Centro-Oeste, com incidências de 3,2 e 3,1
casos/100.000, respectivamente. Em 1979, a morbidade na região Sul caiu a 2,5
casos/100.000 - índice máximo no País, enquanto o Nordeste exibiu o menor
índice nacional - 0,8/100.000.
A letalidade por DM, em todo o Brasil, caminhou de 15,5%, em 1976,
a 20,2% em 1979, e no Sul, essa variação foi de 12,9 a 19,3%; as formas de
meningococcemia no País, nos mesmos anos, representaram 29,2 e 14,2% dos
casos de DM e corresponderam às letalidades de 31,1 e 47,0%, com cifras muito
aproximadas no Estado de São Paulo.
Quanto à distribuição etária predominou, em todo o período de 1976 -1979,
entre menores de 12 meses, seguidos pela faixa de 1 a 4 anos.
Em relação aos critérios de diagnóstico, no período, o clínico variou de 21,7
a 14,9% dos casos, ficando a bacterioscopia e a cultura, respectivamente, em torno
de 45% e 30%.
Os sorogrupos identificados em 264 amostras estudadas foram A, B e C, dos
quais o A e o B vieram, proporcionalmente, se reduzindo - sorogrupo A, de 65,2%
em 1977 a 32,6% em 1979, e sorogrupo B, de 37,3% em 1976 a 22,7% em 1979;
enquanto aumentou a proporção do sorogrupo C, de 9,6% em 1978 a 44,4% em
1979.
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DENIZ & CADOZ, 1981 , revendo a literatura acerca da vacinação contra
meningites purulentas, salientaram que as vacinas polissacarídicas ao induzirem
a resposta imunitária representada por imunoglobulinas, últimas, porém, a
surgirem no curso da vida, justificam por isso sua baixa imunogenicidade em
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