Page 269 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                menores de 6 meses, foi de 0,24 µg/ml, enquanto entre 13 a 19 anos, foi de 2,5
                µg/ml,  e que,  após  1  ano  da  vacinação,  os  níveis  médios  foram  mais  altos  em

                vacinados do que em não vacinados, porém, após 3 anos, tais níveis só foram
                detectados entre crianças acima de 2 anos.
                      Excluídos os menores de 1 ano, a resposta à vacinação correlacionou-se ao

                nível inicial de anticorpos e ao uso de polissacáride de peso molecular alto. A
                resposta à dose de reforço, em crianças maiores após 2 anos de primovacinação,
                mostrou-se boa, mas ainda o tempo de seguimento é pequeno.
                      A eficácia da imunização foi de 90%, para uma cobertura vacinal de 90%,
                nos menores de 20 anos, associada a uma redução de 687 casos, em 1974, para 10

                a 46 casos, anualmente, a partir de 1975.
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                      LOWELL e col., 1980 , estudaram a atividade antimeningocócica ao
                sorogrupo  C  dependente de  anticorpos  IgG,  IgM  e IgA  mediada  por monócito

                (complemento independente) ou por complemento (célula livre). Compararam as
                imunoglobulinas purificadas derivadas de soro de vacinados com polissacáride C
                e de convalescentes de meningococcemia por esse sorogrupo. Concluíram que: a)
                IgA e IgG podem induzir atividade antibacteriana mediada por célula; b) na atuação
                bactericida de IgG são requeridas as mesmas quantidades, independentemente

                dessa atividade ser mediada por célula ou complemento; c) a quantidade de
                IgM, associada à pós-imunização, ou à convalescença, necessária à destruição
                bacteriana mediada por complemento, é 16 a 20 vezes menor que a quantidade

                requerida de IgG; d) a IgM, induzida pela vacinação ou pela doença, é inferior a IgG
                na capacidade bactericida mediada por célula, sendo no primeiro caso, inefetiva,
                e, no segundo, pouco efetiva; desta condição, para atuação mínima, requer 8
                vezes mais quantidade em relação à IgG e induz a um índice antibacteriano 50%
                menor que o derivado de IgG. Isto sugere o papel predominante de IgA e IgG na

                imunidade antimeningocócica mediada por célula.
                      Os  mesmos  autores,  1980 ,  estudaram  IgA  purificada  do  soro  de
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                convalescentes de DM, partindo de que se trata de elemento imunologicamente

                livre e funcionalmente diferente de IgG e IgM. Concluíram que a IgA induziu a
                atividade antimeningocócica contra a cápsula polissacarídica, in vitro, na ausência
                de complemento e mediada por monócitos humanos, como também o fez a IgG.




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