Page 259 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




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                      ETTORI e col., 1977 , relataram minuciosamente a experiência de SALIOU
                em Koudougou, Alto Volta, zona de risco de DM; ali foi aplicada a vacina sorogrupo

                A em dezembro de 1973, se estabelecendo a vigilância epidemiológica nos dois
                períodos seguintes - dezembro de 1973 a agosto de 1974 e setembro de1974 a
                agosto de1975; tendo se verificado predomínio significante de casos entre os

                25.700 indivíduos não vacinados, com 22 e 21 casos, em cada período, em relação
                aos 7.300 vacinados, sem nenhum caso.
                      COSTA & col., 1977 , no Brasil, em estudo duplo cego de 6 grupos de 238
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                voluntários (presos e funcionários de Penitenciária) usaram vacinas de diversas
                procedências: do Instituto Merrieux - polissacáride A; do Laboratório Merck

                Sharp Dohme - polissacáride C; e do Instituto Vital Brasil - polissacáride A, C,
                A + C e toxoide tetânico. Os vacinados, testados pela técnica de hemaglutinação
                passiva, apresentaram: grupo A - inoculado com toxoide tetânico - pequena

                conversão sorológica, predominando anticorpos anti-A; grupo B - inoculado com
                vacina antimeningocócica C do L. Merck Sharp & Dohme - conversão sorológica
                específica de cerca de 70% e ausência de conversão ao soro grupo A; grupo C
                - inoculado com vacina antimenigocócica A do Instituto Vital Brasil - pequena
                conversão ao polissacáride A e, paradoxalmente, elevado nível de anticorpos anti-C;

                grupo D - inoculado com a vacina antimeningocócica A do Instituto Merrieux
                - boa resposta específica, com pequeno nível de anticorpos anti-C; grupos E e
                F - inoculados com as VAM A+C e C, respectivamente, do Instituto Vital Brasil

                - excelente resposta ao polissacáride C e baixa ao sorogrupo A. O polissacáride
                vacinal C, portanto, mostrou-se altamente imunogênico sem relação com sua
                procedência, tendo sido inferiores os resultados com o polissacáride A. Discutiram
                os autores que isso já fora observado por GOTSCHLICH, GOLDSCHNEIDER &
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                ARTENSTEIN , mas o oposto se verificando com as vacinas originárias do CDC
                (Center for Diseases Control) e experimentadas no Amapá, Brasil, com resultados
                imunogênicos da vacina A superiores a C. Curiosamente, ocorreu queda dos níveis
                de anticorpos não específicos com uso das vacinas monovalentes, à exceção da

                vacina antimeningocócica A procedente do Instituto Vital Brasil, sugerindo a
                possibilidade de algum nível de bloqueio imunitário contra outras infecções, a
                par da imunidade específica.




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