Page 258 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




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                      BURIAN e col., 1977 , estudando amostras de soros de 267 crianças, de 1 mês
                a 5 anos, pela técnica de radioimuniensaio, verificaram que, dos 6 recém-nascidos,
                5 apresentavam níveis sorológicos entre 0,479µg/ml (admitido como mínimo

                protetor pelos autores) e 1,0µg/ml (considerado como seguramente protetor pelos
                autores). Esses anticorpos, transplancentários, persistiram até o 3º mês, deixando
                de ser detectados até o 8º mês, quando, progressivamente, foram ressurgindo e
                se elevando até os 5 anos, com níveis mais altos a partir dos 2 anos - a maioria

                acima de 1,0µg/ml. De 97 suabes de orofaringe dessas crianças, foram isoladas 3
                cepas de N. meningitidis não tipadas e 4 de N. lactamica. Os autores discutem se
                os níveis sorológicos elevados, a partir dos 2 anos de idade, poderiam decorrer
                de infecções respiratórias de etiologia não determinada, eventualmente causadas

                pelo meningococo, cuja investigação não se inclui nos exames diagnósticos de
                rotina daquelas afecções.
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                      GLODE e col., 1977 , partindo da baixa frequência de portadores de N.
                meningitidis e em comparação a alta taxa de anticorpos entre adultos jovens, nos

                Estados Unidos, estudaram as fontes alternativas de polissacáride bacteriano de
                reação cruzada, pesquisando as bactérias de 3.264 culturas de diversos materiais
                - fezes, urina, sangue e liquor. Dessas culturas, apenas 14 cepas apresentaram
                reações cruzadas com N. meningitidis C, sendo todas de E. coli com o antígeno

                capsular K92, capazes de induzir à produção de anticorpos bactericidas e
                precipitantes aos polissacárides meningocócicos (0,4%).
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                      No Brasil, em 1977 , o Ministério da Saúde divulgou os dados da campanha
                de  vacina  antimeningocócica  bivalente,  empreendida  no  período  de  janeiro

                a novembro de 1975. Com base na existência de uma epidemia no território
                nacional, em diferentes pontos, a partir de 1971, apesar da não referência de dados
                anteriores relativos à maioria dos estados, a vacina foi aplicada em 81.650.446
                pessoas, cobrindo 3.955 Municípios distribuídos por todos os estados e territórios

                brasileiros. A partir de então, instalou-se a vigilância epidemiológica “para que se
                controlem os fatores desencadeantes de exacerbações epidêmicas”,
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                      GRIFISS & BERTRAN, 1977 , verificaram que amostras de soro colhidas
                em vigência de DM disseminada não apresentaram atividade bactericida contra

                a cepa infectante; entretanto, a absorção de IgA desses soros a restabeleceu. Os
                anticorpos líticos, bloqueados pela IgA, eram IgM e IgG.


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