Page 255 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
P. 255

ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                                              187
                      MAKELA e col., 1977 , investigaram a resposta sorológica, através da
                técnica de radioimunoensaio, e os efeitos adversos das vacinas antimeningocócica

                sorogrupo A e anti-Haemophylus influenzae b em, respectivamente, cerca de 50.000
                crianças de 3 meses a 5 anos, durante uma epidemia de DM pelo sorogrupo A, na
                Finlândia, em 1974. Observaram resposta fraca ao polissacáride meningocócico,

                abaixo dos 6 meses, e níveis de adultos vacinados, aos 2 a 3 anos de idade; 90%
                das crianças primovacinadas a partir dos 12 meses, atingiram níveis sorológicos
                de 2µg/ml correspondentes à média observada  entre adultos não vacinados; o
                reforço produziu reação anamnéstica nas crianças de 3 a 17 meses. A resposta
                ao polissacáride do H. influenzae foi fraca entre menores de 1 ano e satisfatória

                acima de 18 meses, não se observando eficácia com reforço.
                      O seguimento clínico mostrou, entre os vacinados com VAM, redução
                específica  da incidência  da DM  sorogrupo  A em todas as idades, enquanto a

                proteção vacinal contra o H. influenzae b só se observou acima de 14 meses.
                      Reações adversas às vacinas foram significantes, ao contrário do observado
                por outros autores e independentes da faixa de idade. Surgindo, em geral, no
                primeiro dia e desaparecendo rapidamente, foram representadas, principalmente,
                por reações locais - 71% pela antimeningocócica e 51% pela anti-H. influenzae - e

                febris - 37% e 26%, respectivamente. Foi descrito 1 caso, em cada grupo, de choque
                anafilático, reversíveis com uso de adrenalina, quanto a que os autores admitiram a
                possibilidade de contaminação das vacinas por endotoxina pirogênica. Acreditam
                que os efeitos adversos às vacinas polissacarídicas predominariam em crianças

                menores de 6 anos, mas não seriam mais importantes que os vistos pela vacina
                tríplice de rotina.
                                           193
                      PELTOLA e col., 1977 , seguiram um outro grupo de cerca de 20.000 crianças
                finlandesas, de 3 meses a 5 anos, vacinadas com polissacáride meningocócico A,

                em 1975, e não observaram nenhum caso de DM quando seriam esperados de 5 a
                7 casos, com base na incidência ali verificada entre maiores de 5 anos.
                                          192
                      PARKE e col., 1977 , compararam a vacina anti-Haemophylus influenzae
                tipo b - 10µg de antígeno - com a vacina antimeningocócica sorogrupo C – 25µg
                de antígeno - em crianças de 2 meses a 5 anos de idade. Verificaram que o nível
                de anticorpos específicos, medidos em uma amostra randômica de 431 crianças,




                                                        253
   250   251   252   253   254   255   256   257   258   259   260