Page 249 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
b) a vacinação pode ser usada em viajantes a países onde a DM é epidêmica;
c) a vacinação pode ser administrada como um complemento da
quimioprofilaxia a comunicantes familiares de DM porque 50% dos casos
secundários ocorrem 5 dias após o caso inicial - tempo “bastante à obtenção
do benefício potencial da vacinação, em não tendo sucesso a quimioprofilaxia
antibiótica”;
d) em caso de epidemia a população de risco deve ser identificada. Se houver
quantidade suficiente de vacinas, todos os residentes na área devem ser vacinados;
se não, os indivíduos supostos ou conhecidos como de alto risco, associado a
idade, status socioeconômico ou área de residência, terão prioridade;
e) o uso da vacina em grávidas, nas quais sua inocuidade ainda não foi
estabelecida, deve-se limitar aos casos com “substancial risco de infecção”.
FINLEY, 1976 , salientando que apenas comunicantes familiares e em
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centros de terapia intensiva têm risco significante de aquisição de DM, sugere que
a profilaxia de tais comunicantes inclua quimioprofilaxia e vacinação.
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CHANDRA, 1976 , reexaminou as relações entre nutrição e suscetibilidade
à infecção, assinalando que “deficiência nutricional aumenta a frequência e a
gravidade da doença infecciosa”, e que “as infecções têm um efeito deletério sobre a
nutrição do hospedeiro”, embora os níveis de imunoglobulina sejam muitas vezes
mais elevados em desnutridos, diversamente da produção de IgA secretória e da
imunidade celular, bem como de numerosos elementos da resposta inflamatória
e metabólica.
Os níveis de imunoglobulinas em desnutridos de 2 anos de idade
correspondem aos observados nos adultos e alcançados por crianças nutridas
entre os 4 a 10 anos; isso é atribuído aos estímulos infecciosos, comuns entre
os primeiros. Contudo, há alguns trabalhos associando deficiência de algumas
substâncias (ácido pantotênico e piridoxina, por exemplo) com supressão de
resposta de anticorpos.
Quanto à IgA secretória, reduz-se significantemente nas secreções de
nasofaringe em desnutridos, sem que nestes haja concentração reduzida de
proteína na saliva e secreções nasais. Isto pode ser relevante diante das múltiplas
infecções intestinais e respiratórias que atingem essas crianças, ou da alta
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