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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                      b) a vacinação pode ser usada em viajantes a países onde a DM é epidêmica;
                      c) a vacinação pode ser administrada  como um complemento da

                quimioprofilaxia a comunicantes familiares de DM porque 50% dos casos
                secundários  ocorrem  5  dias  após  o  caso  inicial  -  tempo  “bastante  à  obtenção
                do benefício potencial da vacinação, em não tendo sucesso a quimioprofilaxia

                antibiótica”;
                      d) em caso de epidemia a população de risco deve ser identificada. Se houver
                quantidade suficiente de vacinas, todos os residentes na área devem ser vacinados;
                se não, os indivíduos supostos ou conhecidos como de alto risco, associado a
                idade, status socioeconômico ou área de residência, terão prioridade;

                      e) o uso da vacina em grávidas, nas quais sua inocuidade ainda não foi
                estabelecida, deve-se limitar aos casos com “substancial risco de infecção”.
                      FINLEY, 1976 , salientando que apenas comunicantes familiares e em
                                     160
                centros de terapia intensiva têm risco significante de aquisição de DM, sugere que
                a profilaxia de tais comunicantes inclua quimioprofilaxia e vacinação.
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                      CHANDRA, 1976 , reexaminou as relações entre nutrição e suscetibilidade
                à infecção, assinalando  que “deficiência nutricional aumenta a frequência e a
                gravidade da doença infecciosa”, e que “as infecções têm um efeito deletério sobre a

                nutrição do hospedeiro”, embora os níveis de imunoglobulina sejam muitas vezes
                mais elevados em desnutridos, diversamente da produção de IgA secretória e da
                imunidade celular, bem como de numerosos elementos da resposta inflamatória

                e metabólica.
                      Os níveis de imunoglobulinas em desnutridos de 2 anos de idade
                correspondem aos observados nos adultos e alcançados por crianças nutridas
                entre os 4 a 10 anos; isso é atribuído aos estímulos infecciosos, comuns entre
                os primeiros. Contudo, há alguns trabalhos associando deficiência de algumas

                substâncias (ácido pantotênico e piridoxina, por exemplo) com supressão de
                resposta de anticorpos.
                      Quanto à IgA secretória, reduz-se significantemente nas secreções de

                nasofaringe em desnutridos, sem que nestes haja concentração reduzida de
                proteína na saliva e secreções nasais. Isto pode ser relevante diante das múltiplas
                infecções  intestinais  e respiratórias  que atingem  essas crianças, ou da alta




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