Page 248 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
antigênica, ao contrário dos que antes receberam a vacina do sorogrupo A livre do
polissacáride C. Todavia, tanto a causa da contaminação de um sorogrupo com
outro, quanto seu significado clínico são aspectos discutíveis. Em experiências
anteriores dos autores, a vacinação com sorogrupo A contaminado com C, de
milhares de homens, não se seguiu de doença por sorogrupo C, apesar da exposição
a este, como também a vacina bivalente induziu à produção de anticorpos a ambos
os antígenos.
LOMBOS & BOURGON, 1975 , em Majadahonda, Espanha, verificaram em
145
272 escolares (5 a 14 anos), a presença de 37,5% de portadores de meningococo, com
predomínio de sorogrupo B, e que, de 31 desses escolares, nos quais determinaram
a atividade bactericida, apenas três soros foram negativos e corresponderam a
não portadores; estes, portanto, equivaleriam àquelas crianças que necessitavam
ser protegidas contra a DM.
Ainda em relação à resposta imune à doença, admitiu-se que um episódio de
DM confira imunidade duradoura e proteja de outros episódios, assim “indicando
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que estimula a resistência contra todas as cepas de N. meningitidis” . Da mesma
forma, a infecção subclínica associada a prolongado estado de portadores estende
imunidade a todas as cepas 110, 150 .
BRANDT & ARTENSTEIN, 1975 , verificaram em 23 voluntários
140
(laboratoristas), de 22 a 45 anos, vacinados com polissacáride C, elevação de 4
vezes ou mais do nível de anticorpos hemaglutinantes após 2 a 4 semanas, que
caíram 2 a 3 vezes dentro do primeiro ano e assim permaneceram durante os 4
anos seguintes. Houve resposta comparável dos anticorpos bactericidas do soro e
o teste de radiomunoensaio mostrou redução de até 70% dos picos iniciais.
Os autores acreditam, com esses dados, que a imunidade conferida pela
vacina seja prolongada.
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O Center for Disease Control, em Atlanta, nos Estados Unidos, 1976 , ao
licenciar as vacinas meningocócicas polissacarídicas A e C, fez as seguintes
recomendações:
a) a vacinação de rotina em civis não é indicada por causa dos dados
insuficientes quanto ao seu benefício; porém, vacina monovalente deve ser usada
para controle de surtos de doença por sorogrupos A ou C;
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