Page 242 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
nas doses de 25 ou 50 µg, e do sorogrupo A em 22 crianças, entre 11 meses a
9 anos e meio. Após 3 semanas, todas as crianças produziram anticorpos das
classes IgG, IgM e IgA, específicos aos sorogrupos A e C, que, medidos por
imunofluorescência indireta, equivaleram às recíprocas medianas dos títulos de
128 e 256, respectivamente. Não houve diferenças em relação às doses. As crianças
menores de 2 anos, porém, tiveram menor resposta sorológica em relação às
mais velhas, verificada através de teste bactericida do soro, imunofluorescência,
hemaglutinação e radioimunoensaio. Das 48 crianças, 22 apresentaram anticorpos
prévios, porém em nível inferior à resposta mediana vacinal, e 8 apresentaram
meningococo em garganta antes ou durante o primeiro ano da vacinação, mas
não do sorogrupo especifico. Os anticorpos, embora presentes após 10 a 15 meses
da vacinação entre 27 crianças reavaliadas, caíram de nível, variavelmente com o
teste utilizado.
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YOUNG e col., 1972 , investigaram a associação entre surto de influenza e
DM, concluindo pela evidência sorológica de infecção sistêmica ou de nasofaringe
por N. meningitidis associada, significantemente, a infecção por influenza,
medida sorologicamente. Atribuíram o fato, com maior probabilidade, ao papel
do vírus afetando diretamente o hospedeiro e, assim, favorecendo a infecção
meningocócica.
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ERWA e col., 1973 , reviram os estudos sobre a efetividade da vacina
antimeningocócica feitos até então. Relataram que vacinas do sorogrupo A,
produzidas em 1964 pelo Instituto Merrieux, França e em 1965 pelo Laboratório
de Saúde e Bem Estar do Canadá, mostraram-se sem valor em experiências no Alto
Volta, em 1966-68. Demonstrou-se depois, porém, que vacinas polissacarídicas
de alto pelo molecular conferiram proteção a militares americanos, nos quais, o
uso continuado da vacina sorogrupo C foi responsabilizado pelo declínio atual
observado.
A mesma vacina (sorogrupo C) na Nigéria, em 1971, não mostrou resultados
diferentes entre vacinados e controles. Porém, no Egito, aplicada no inverno
endêmico de 1971-72, mostrou-se segura e de valor profilático.
No Sudão, foi utilizada a vacina do sorogrupo A, inicialmente em 17.000
pessoas, que resultou inconclusiva pois não ocorreram casos de DM nem em
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