Page 241 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                      ROBBINS e col., 1972 , estudaram a imunidade cruzada entre os
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                meningococos a partir da observação de anticorpos ao sorogrupo A em crianças
                e adultos nos Estados Unidos, onde a doença, por este sorogrupo tem sido rara

                nos últimos 20 anos. Suspeitaram de reação cruzada com outras bactérias, já
                conhecida entre algumas cepas de E. coli e antígenos capsulares de pneumococo
                meningococo (sorogrupo B) e  H. influenzae, por exemplo. Estudaram, então,

                vários outros tipos de bactérias fecais - E. coli, Citrobacter, Klebsiella, Salmonella
                e  Arizona - em relação a antisoros de meningococo A e C, pneumococos II e
                III,  H. influenzae a,  b e  c, e  Bacillus, em placas de Ouchterlony com antisoro,
                onde eram colocadas suspensões de bactérias. Verificaram entre 1.335 cepas de
                enterobactérias testadas, que 13 - 1% - apresentaram reações cruzadas com N.

                meningitidis A e C e com S. pneumoniae I e Ill, das quais 12 eram E. coli. Concluíram
                que os anticorpos considerados “naturais” ao meningococo podem resultar de
                portadores de diversas bactérias homólogas e que devem ser polissacarídeos os

                antígenos de reação cruzada.
                      JENNINGS e col., 1972 , evidenciaram que antígenos de reação cruzada,
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                extraídos do meningococo do sorogrupo Y, são capazes de proteger camundongos
                inoculados com cepas heterólogas, parecendo ser de natureza proteica esses
                antígenos comuns. Referem que outros autores já distinguiram antígeno proteico

                comum em todos os sorogrupos (por absorção cruzada e por imunoeletroforese),
                enquanto trabalhos prévios demonstravam polissacarídeos de alto peso molecular,
                altamente grupo-específicos.

                      FRASER, THORNSBERRY & FELDMAN, 1972 , a partir do uso da vacina
                                                                       90
                antimeningocócica sorogrupo C em recrutas americanos, desde outubro de
                1971, previram o decréscimo da DM em 1972, no país, e possíveis mudanças na
                prevalência de sorogrupos. Referiram que a incidência da doença nos Estados
                Unidos foi mais ou menos estável nos 5 anos anteriores (1967-71), variando

                entre 0,23 e 2,03 casos/100.000 no ano de 1970, em 20 estados americanos, com
                predomínio em lactentes e na faixa de 15 a 24 anos; nesta, talvez, pelo número
                considerável de casos entre militares.

                      GOLDSCHNEIDER, LEPOW & GOTSCHLICH, 1972 , aplicaram o
                                                                                  92
                polissacáride  do sorogrupo C  em 26 crianças  entre  7 meses a  9 anos  e meio,




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