Page 136 - A Organização dos Serviços de Saúde em Londrina
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CONCLUSÕES, PERSPECTIVAS E LIMITAÇÕES
dado o seu caráter de experiência desenvolvida no âmbito de
instituições oficiais, não poderá avançar suas práticas a um nível
superior àquelas impostas ao Estado pelas oposições populares,
sob pena de ter a experiência dissolvida. Como observa Hesio
Cordeiro (20): “Deve-se interrogar, em cada conjuntura, os
limites e as possibilidades de apoio e reforço destas medidas
(Atenção Primária de Saúde e Regionalização), do trabalho
a nível (sic) de cada experiência local, da criação de critérios
de eficiência e eficácia comprometidos com os interesses dos
grupos sociais subalternos”. E, sobretudo, a experiência de
Londrina deve definir sua estratégia a partir da prática vivida
no desenvolvimento do trabalho.
Portanto, é a avaliação desses aspectos que nos possibilita
indicar a estratégia, ou seja, as tarefas que se impõem para
a consolidação do trabalho em Londrina, estreitando seu
compromisso com a população a que se dirige. As mudanças
conjunturais, extremamente velozes hoje em dia, deverão
reorientar tais tarefas.
A nosso ver é difícil pretender ordenar as tarefas segundo
uma escala de prioridades, pois na sua execução influem
inumeráveis fatores que se combinam das mais diversas
maneiras. Dependerá de cada conjuntura a decisão sobre a
sequência das ações, ou melhor, sequências, pois as reações
inevitáveis ao desenvolvimento do trabalho imporão cursos de
ação alternativos e gradações de intensidade no esforço em prol
do cumprimento das tarefas.
A estratégia operacionalizada, ou seja, as tarefas
identificadas como apropriadas para o atual estágio da experiência
de Londrina, podem ser divididas em internas e externas. Sem
pretender uma classificação estanque, mas simplesmente para
efeito de orientação, identificam-se como tarefas “internas”,
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