Page 138 - A Organização dos Serviços de Saúde em Londrina
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CONCLUSÕES, PERSPECTIVAS E LIMITAÇÕES
de instalação, operação e manutenção de uma rede básica de
serviços de saúde que incorporem as diretrizes básicas de tais
modelos.
Estes, por encerrarem propostas renovadoras e
contraditórias em face do modelo médico-hospitalar
hegemônico não podem ser uniformemente adotados, atingindo
todos os municípios e todos os serviços indistintamente.
Aliás, da mesma opinião já foi o Ministério da Saúde
quando, em 1963, por ocasião da III Conferência Nacional
de Saúde, registrava em documento oficial: “As autoridades
executivas (municipais), boas conhecedoras das condições,
das necessidades e das possibilidades de suas populações
têm melhores condições para sentir o que melhor satisfará
aos desejos e interesses das comunidades que legitimamente
representam. (...) O Ministério da Saúde não pretende que se
multipliquem unidades médico-sanitárias idênticas por todo
o território nacional (...)” (11). Uma avaliação das condições
socioeconômicas locais, bem como das forças envolvidas
na prestação de serviços de saúde e das possibilidades e
potencialidades da administração municipal, é imprescindível
para que qualquer experiência nova obtenha alguma perspectiva
de viabilização.
Neste sentido cabe uma atenção especial à tarefa de
contribuir para o prosseguimento dos Encontros Municipais
de Saúde e aos contatos com o IBAM com vistas a sensibilizá-
lo para o acompanhamento, apoio e avaliação do setor
saúde municipal, ampliando suas investigações a respeito e
reformulando alguns conceitos – como o da dicotomia entre
medicina preventiva e curativa (31) – que a instituição (IBAM)
ainda vem utilizando nas suas investigações sobre saúde.
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