Page 95 - A Organização dos Serviços de Saúde em Londrina
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a organização dos serviços de saúde em londrina: antigos e novos registros de uma experiência em processo
constitui diretriz das mais destacadas da atual Política
Municipal de Saúde.
4.6.3. Coordenação interinstitucional
Uma vez que, em geral, os reais objetivos das instituições
não são coincidentes, uma verdadeira coordenação é de difícil
viabilização. Daí porque não se pretender, no atual estágio do
trabalho, envidar esforços pela integração de instituições e
intersetorial, numa perspectiva de Regionalização. Na medida
em que se tem uma concepção mais complexa do conceito
de regionalização do que a simples perspectiva espacial
(função racionalizadora/administrativa), e sim de que sua
prática implica em transformações profundas (técnicas e
administrativas) para cumprir com uma função sociopolítica
de satisfação das necessidades de saúde, sua proposição não
nos parece ser oportuna no momento. Entretanto, é o espírito
desta diretriz, e, neste sentido, algum grau de colaboração
deve ser tentado desde que não transgrida as demais diretrizes
que norteiam a Política Municipal de Saúde. Esta colaboração
poderia ser oficializada, dependendo dos entendimentos, através
de uma espécie de Conselho Municipal de Saúde constituído
por representantes das principais instituições prestadoras de
serviços de saúde no município. Uma das primeiras tarefas
coletivas poderia ser a identificação dos programas assistenciais
prioritários, levando em conta o conhecimento epidemiológico
que se tem sobre a distribuição das doenças no município e
região. Deste conhecimento e das alternativas tecnológicas
de solução que se dispõe, poderia se cogitar da aplicação do
modelo de regionalização, que visaria distribuir as atividades
relativas aos programas, bem como as unidades prestadoras de
serviços, segundo um sistema de níveis de atenção e respectivos
perfis funcionais que poderiam ser:
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