Page 141 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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contínuo com outra visão de paciente, outra visão de cuidado, de
atenção à saúde. (EUEL2)
Quando as atividades envolviam as cinco carreiras da área da saúde
existentes no CCS da UEL, através do Projeto Especial de Ensino voluntário
chamado de PEEPIN, havia menor polarização entre estudantes de Medicina
e de Enfermagem, o que passou a existir com a sua institucionalização
curricular posterior, apenas para esses dois cursos. Houve certo recuo no
trabalho multiprofissional possível na década de 1990, como relata o
estudante que já era graduado em outro curso da UEL quando ingressou no
de Medicina:
Eu que já vivenciei esses dois lados, posso falar um pouquinho
melhor. Acho que o que foi dito pelo meu colega interno é
importantíssimo essa vivência e conhecer, entender melhor o
trabalho do outro profissional. E eu senti que no PEPPIN o trabalho
multidisciplinar era bem melhor e bem mais aproveitado do que é
agora. Porque acho que o grupo ficava mais homogêneo. Coisa que
eu vejo que agora é mais assim: o pessoal da Enfermagem de um
lado e o pessoal da Medicina do outro. Então, quando a gente fazia
atividades com o pessoal de Farmácia, Fisioterapia e Odonto,
apesar de que a gente quando chegava, eu que estava fazendo
Fisioterapia, às vezes parava e falava assim: "o que eu estou fazendo
aqui, se a gente nem faz atuação em UBS?". Mas eu via que o grupo
era bem mais homogêneo, que o trabalho fluía melhor, que o vínculo
era maior até entre o pessoal da UBS e os estudantes. Agora eu me
deparei esse ano, com o pessoal de Medicina e pessoal da
Enfermagem, então não sei como trabalhar isso [equipe
multiprofissional]? (EUEL1)
Quanto ao grau de aderência do curso às DCN, observa-se
um percentual elevado, nesta avaliação qualitativa de um informante-chave, o
coordenador do curso:
74
5—
8. /09
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