Page 138 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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é uma coisa que a gente percebe por parte dos estudantes as
iniciativas que estão acontecendo de não ficar só Medicina,
Medicina e Medicina, mas se ampliar para outras coisas, isso é uma
coisa interessante. Agora, em termos curriculares, acho que são
insuficientes essas iniciativas, pelo menos até o quarto ano tinha que
ter PIN 1, PIN 2, PIN3 e PIN 4, eles tinham que continuar essas
atividades, até para ter uma maturação dessa convivência
multiprofissional e desse crescimento conjunto nessas atividades
todas. Temos poucos projetos de pesquisa e extensão
interdisciplinares, então acho que ainda temos muito chão pela
frente. (PUEL4)
O coordenador do Curso de Medicina espera o envolvimento
dos outros cursos, porém os estímulos são poucos. O curso está bem
adaptado em termos de metodologias de ensino-aprendizagem, mas não há
muitos momentos extra-muros do CCS/HU. O Internato continua isolado
desse processo e totalmente hospitalocêntrico, mesmo sendo um importante
espaço de aprendizado e não apenas de treinamento basicamente tecnicista.
A coordenação do curso percebe essas necessidades, sabe
que as mudanças e avanços são necessários e considera que o que se
conquistou no Curso de Medicina da UEL é pouco compartilhado com os
demais cursos da área da saúde, o que poderia possibilitar uma maior
integração desses cursos nos espaços comuns de ensino-aprendizagem.
Falando um pouco sobre as atividades conjuntas de formação com
estudantes de outras carreiras, o que eu posso dizer sobre isso é que,
lamentavelmente, uma rica experiência que durante muitos anos a
gente teve aqui no curso que foi um entrosamento com a
Enfermagem, a Farmácia Bioquímica, a Odontologia e a
Fisioterapia através dos estudantes da primeira série, um projeto
especial de ensino, práticas interdisciplinares, menos por problemas
nossos do Curso de Medicina e mais por dificuldades dos respectivos
colegiados desses cursos, que não conseguiram implementar as
mudanças necessárias. Hoje, a gente está reduzido só ao trabalho
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