Page 137 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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Mestrado em Saúde Coletiva e na produção de conhecimento na área através
de dissertações.
Nesta categoria analítica buscou-se saber, também, qual o
resultado das estratégias efetivamente utilizadas pelo Curso de Medicina da
UEL e/ou os principais avanços e obstáculos enfrentados na implementação
das DCN na visão dos entrevistados, considerando que esta é uma
construção coletiva inacabada onde, inclusive, a leitura e a interpretação do
texto legal para o contexto da instituição faz parte de um processo mais
específico de análise.
Destacaram-se nas atividades multiprofissionais curriculares
apenas o PIN1 e o PIN2. Os estudantes buscam se relacionar com outros
cursos em espaços extra-acadêmicos como as Ligas Acadêmicas, inclusive
de Saúde da Família e, mais recentemente, através do projeto de
humanização SensibilizARTE, inspirado no programa “A Arte na Medicina”
que tem como princípio básico para as suas atividades: às vezes cura, de vez
em quando alivia, mas sempre consola (CAMPELLO, 2006). Observe-se o
depoimento de uma professora:
Acho que são insuficientes e precisamos ter mais gente para se
envolver na ampliação disso. Ontem foi uma grata surpresa, o
Grupo do Projeto SensibilizArTe, que abriu o Módulo do PIN1 no
anfiteatro do CCS, falou da proposta e convidou a Enfermagem e as
outras áreas, a Fisioterapia que já está participando, tem esses
projetos, essa iniciativa dos estudantes, as Ligas Acadêmicas que
estão se abrindo para além da Medicina, começando a envolver
outros profissionais. O que eu sinto é que esse movimento, dos anos
de 1990 para cá, vem avançando no sentido da questão mesmo da
interdisciplinaridade, do conceito ampliado de saúde. Acho que isso
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