Page 139 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                                    multiprofissional  com  a  Enfermagem  e  muito  localizadamente  nos
                                    módulos  de  interação  ensino-serviço-comunidade.  Fora  isso,  nos
                                    módulos temáticos interdisciplinares ou nos módulos de habilidades
                                    e mesmo no Internato, nos estágios dos dois anos de Internato, as
                                    práticas  são  focadas  nos  estudantes  de  Medicina,  não  há  uma
                                    educação multiprofissional como se advoga em muitos documentos,
                                    com  exceção  aí  desse  trabalho  que  é  muito  bom  na  primeira  e
                                    segunda série junto com a Enfermagem da UEL. (GUEL1)


                                            Os estudantes parecem igualmente críticos ao comentar que o


                            espaço  multiprofissional  proporcionado  pelo  PIN  foi  interessante  para

                            conhecer pessoas de fora do curso. Por isso mesmo importa perguntar: e a

                            relação com outros profissionais na atuação durante o Internato? As falas são

                            no  sentido  de  driblar  situações  por  conhecer  certas  pessoas,  mas  e  a

                            discussão dos casos? É só para “dar um jeitinho” de se conseguir o que se


                            quer, ou são pessoas que realmente trabalham em equipe? Até que ponto o

                            trabalho  em  equipe  é  estimulado  no  Internato  ou  mesmo  no  HU?  Como  se

                            observa pelo relato do estudante abaixo, o PIN possibilitou um contato com

                            outras  pessoas  que  agora  são  amigas  e,  por  conta  disso,  favorecem  a


                            assistência aos pacientes internados.


                                    Sobre  o trabalho  com  os  estudantes de outras carreiras  da saúde,
                                    achei  uma  experiência  muito  válida,  porque  quando  eu  sair  da
                                    Faculdade, eu não vou trabalhar só ali. Eu tenho noção melhor de
                                    como  posso  trabalhar  com  outras  pessoas  que  não  são  da  minha
                                    área, com funções diferentes. Achei muito válido isso para a vivência
                                    profissional posterior. Eu estando no Internato agora, a gente vê o
                                    quanto foi válido. Porque as pessoas que você acabou conhecendo
                                    no PIN, como eles já se formaram antes porque o curso é mais curto,
                                    eles já são profissionais e hoje estão como residentes do HU, o que é
                                    mais  fácil  o  relacionamento.  Você  chega  conversando  já  com  o
                                    pessoal  de  Fisioterapia,  que  talvez  você  não  tivesse  contato  em
                                    nenhum outro momento do teu curso. Gente que não era amigo teu
                                    antes do curso, acabou ficando durante o curso. Agora você chega


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