Page 156 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                            comunidade  no  dia-a-dia  do  serviço  é  que  tem  propiciado  ao  estudante  se

                            apropriar desse conhecimento da Saúde Coletiva, como afirma um professor

                            entrevistado:


                                    Se o curso se limitasse a ensinar Saúde Coletiva dentro da sala de
                                    aula, a questão da aprendizagem, da apropriação dessa área pelos
                                    estudantes seria muito menor. Esse movimento que é feito, tanto de
                                    incluir problemas que discutem a Saúde Coletiva, com a inclusão de
                                    módulos que propiciam ao aluno conhecer e vivenciar a realidade
                                    da  comunidade  e  dos  serviços  é  que  propicia  maior  apropriação,
                                    uma maior aprendizagem dessa área pelos estudantes. Eu acho que,
                                    em alguns momentos, a participação da comunidade ela já foi mais
                                    significativa  do  que  é  atualmente.  Hoje  a  gente  tem  percebido  um
                                    maior recuo, acho que da nossa parte enquanto academia em busca
                                    de uma maior aproximação, uma maior parceria com a comunidade.
                                    Ela tem se mostrado bastante aberta; nos momentos em que ela tem
                                    voz,  ela  manifesta  que  o  espaço  está  aberto,  ela  precisa  que  a
                                    academia se aproprie, e se utilize dos espaços, que nós somos muito
                                    bem-vindos lá, a nossa representante da comunidade tem uma maior
                                    participação, mas ela manifesta isso o tempo inteiro. (PUEL1)


                                            Identifica-se,  pelos  depoimentos,  que  é  preciso  haver  uma

                            maior aproximação com os serviços de saúde e com a comunidade. O desafio

                            de aproximar docentes e comunidade, com todas as dificuldades de interação


                            que  existem  não  pode  ser  encarado  com  ingenuidade  ou  de  uma  forma

                            descontextualizada das questões do poder (Aguiar, 2001).


                                            A  distância  entre  ensino  e  comunidade  se  amplia  quando  o


                            foco  das  atividades  aparece  muito  centrado  na  assistência  médica  e  na

                            dimensão  técnica  e  não  na  política  ou  no  âmbito  estratégico,  que  são

                            ingredientes  essenciais  para  o  avanço  da  parceria,  como  se  constata  na

                            opinião de uma professora entrevistada (PUEL4).




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