Page 155 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                            muito mais do que vontade política, para que a academia possa integrar-se de

                            fato  com  o  serviço,  de  forma  que  esta  relação  de  40  anos  possa  avançar

                            ainda mais, de maneira sustentável e institucionalizada.



                                            Atualmente, em Londrina,  a  parceria  não se dá por  meio de

                            estruturas colegiadas de co-gestão dos projetos e do curso. A representação

                            dos  profissionais,  ou  dos  serviços,  ou  da  comunidade,  por  exemplo,  no


                            Colegiado do Curso ou na sua Comissão Executiva, não existe. No entanto,

                            ela se desenvolve por conta da sensibilidade que há entre dirigentes do curso

                            e professores às demandas tanto dos serviços, como da população, segundo

                            o depoimento de um dos gestores entrevistados:



                                    [...] tem a ver com a história do próprio curso de Londrina que foi
                                    reforçada  nos últimos 10  anos  com esse currículo  novo integrado,
                                    porque foi produto de uma interação mais forte com os serviços e
                                    com  a comunidade,  mas, na verdade,  o Curso de Medicina, já  em
                                    1967/68, quando foi criado por uma pressão da comunidade, tudo
                                    bem  que  foi  uma  parte  da  comunidade,  naquele  tempo,  a  elite
                                    comunitária da cidade, a Associação Médica de Londrina, camadas
                                    aí que podiam exercer pressão, naquele tempo da ditadura, mas foi a
                                    sociedade  pressionando  que  criou  o  Curso  de  Medicina  em
                                    Londrina. (GUEL1)


                                            Curiosamente  o  critério  que  tem  prevalecido  para  o

                            envolvimento  na  organização  da  Conferência  Municipal  de  Saúde  não  é  o


                            vínculo do docente ao curso de Medicina, mas o reconhecimento dele como

                            liderança política e comunitária ligados à área de Saúde Coletiva.


                                            No entanto, o movimento de levar o estudante até o serviço,


                            conhecer  a  realidade,  discutindo  e  participando  com  lideranças  da



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