Page 150 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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horas que, na verdade, não eram desenvolvidas nos serviços e isso
era um acordo político do Sindicato com a gestão da Prefeitura, em
algum governo anterior. Numa recente decisão que jogou por terra
esse acordo, passou-se a exigir dos profissionais médicos o
cumprimento daquelas duas horas. Aí houve a necessidade de um
novo acordo, e aí essas outras duas horas passaram a ser cumpridas
com cursos que as pessoas fazem, com atualizações ou com
acompanhamento de estudantes.. O que está sendo ótimo segundo
um dos coordenadores do módulo. O problema é que está até
sobrando médico na rede querendo atuar com aluno no Módulo do
PIN 3 neste ano de 2007. (GUEL1)
Um dos espaços importantes de construção da parceria tem
sido as Conferências Municipais de Saúde, onde se pode debater a
insatisfação da comunidade com o atendimento das suas necessidades de
saúde, a qualidade do atendimento do médico formado, as suas próprias
dificuldades de participação social na saúde, além das suas reivindicações
como cidadãos por melhoria das suas condições de vida.
Os docentes da Saúde Coletiva participam das Conferências
Municipais de Saúde em Londrina, desde a sua 1ª edição em 1987. Em
grande parte delas, essa participação aconteceu desde as pré-conferências
até as relatorias que, em geral, são sempre um espaço de construção coletiva
do documento a ser posteriormente encaminhado ao Conselho Municipal de
Saúde para a viabilização da política oficial de saúde do município para anos
seguintes (Gil et al., 2008).
Alguns estudantes também vêm participando dessas
conferências como ouvintes, observadores ou facilitadores, o que se reflete
positivamente no processo de aproximação com a comunidade, já que os
Conselhos Locais ou Regionais de Saúde não são, a princípio, um espaço de
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