Page 149 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
P. 149

129

                             )*


                                            Sobre como vem sendo feita a negociação atual para que as

                            UBS recebam os estudantes de Medicina, o depoimento de um dos gestores

                            entrevistados é esclarecedor:


                                    Há sim discussão, a Prefeitura convidou todas as coordenadoras de
                                    Unidades Básicas e os docentes do PIN 1 para discutir, o que já é
                                    considerado  por  conta  do  Pró-Saúde  tem  a  ver  com  essa  nossa
                                    articulação mais recente. Parece que nem sempre foi assim nos anos
                                    anteriores, mas daqui para lá, a academia tem buscado os serviços
                                    para discutir a programação do ano. Tem envolvido acordo sobre a
                                    participação de professores no atendimento, tem que conversar com
                                    o profissional, se entra dentro do consultório ou não entra o PIN 2,
                                    principalmente.  Sobre  a  retribuição  ou  pagamento  pela  UEL  dos
                                    serviços,  não  tem.  Também  não  tem  pagamento  adicional  para
                                    docentes.  Existem  aspirações,  existem  intenções,  até  se  tem
                                    rascunhos,  anteprojetos,  minutas  de  projetos  de  lei,  no  caso  da
                                    Câmara,  instituindo  serviços  de  saúde  como  cenários  de  ensino-
                                    aprendizagem  obrigatoriamente.  Tem  uma  minuta  de  resolução  da
                                    Universidade,  criando  a  figura  de  professor  colaborador  ou  outra
                                    denominação  apropriada  para  atribuir  um  status  ou  uma
                                    identificação  para  os  profissionais  dos  serviços  que  mereçam
                                    receber por conta do seu empenho nas atividades de treinamento, de
                                    capacitação  ensino-aprendizagem,  mas  não  existe  um  documento
                                    formalizando essa coisa, tem sido todos informais. (GUEL1)



                                    Em relação ao pessoal da rede ter uma atuação adicional como parte

                            da  sua  carga  horária  para  atividades  de  supervisão  dos  estudantes,  existe

                            hoje um avanço, como destaca o mesmo gestor:


                                    Nesse sentido sim, não demandou um acordo específico e passou a
                                    ser fato  neste  ano de 2007,  os  profissionais  de saúde  dos serviços
                                    médicos,  principalmente,  que  se  dispuseram  a  atuar  no
                                    acompanhamento,  na  tutoria  dos  estudantes  de  Medicina  que
                                    estiveram  nas  Unidades  Básicas  de  Saúde,  eles  puderam  creditar
                                    essa atividade na obrigatoriedade que eles passaram a ter de duas
                                    horas semanais de dedicação ao trabalho a mais por uma questão de
                                    legislação trabalhista, de carga horária contratual e carga horária
                                    efetivamente cumprida. Como havia um acordo anterior que a carga
                                    horária  contratual  não  era  necessariamente  para  ser  cumprida,
                                    então  são  contratados  por  oito  horas,  fazem  seis,  mas  tinha  duas


                                         ;4  

5—+

. /0
!
   144   145   146   147   148   149   150   151   152   153   154