Page 263 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
P. 263
242
)*
suas dificuldades financeiras, políticas e de gestão descentralizada (Cordeiro,
2001; Paim, 2002d).
Entre os estudantes, o conhecimento ainda incipiente aparece
ainda que eles tenham tido a oportunidade de participar de um estágio
prolongado, em Londrina, nos módulos de Práticas de Interação Ensino,
Serviço e Comunidade na UEL, ou em Curitiba, nas várias disciplinas de
Saúde Comunitária da UFPR, ou nas disciplinas de Saúde da Família na
UnicenP.
Esses módulos ou disciplinas, que são oferecidos da primeira
série do curso até o Internato Médico, como é o caso da UnicenP e da
UFPR, proporcionam aos estudantes a vivência e a experimentação da
realidade do SUS, desenvolvidas em cidades onde o Programa Saúde da
Família já foi efetivamente implantado e vem perseguindo o ideal de melhorar
a qualidade do atendimento e desenvolver a promoção da saúde pelas
equipes de saúde, com o controle social exercido pelos Conselhos Locais de
Saúde (Silva, 2001; Paim, 2002e).
Vale ressaltar um ponto comum entre as instituições
estudadas, que é o fato de os cursos estarem inseridos em cidades onde a
implantação do SUS está bastante avançada (Ducci, 2001; Paim, 2002c).
Assim, mesmo tendo docentes com inserções institucionais onde se valoriza
mais uma prática de pesquisa ou docentes que são contratados como
horistas, o reflexo dessas características na diferenciação do ensino da Saúde
Coletiva parece ser pouco significativo, do ponto de vista dos atores.