Page 268 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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A consideração sobre os diferentes perfis de curso de
formação médica e dos seus respectivos compromissos em formar
profissionais aptos para lidar com os desafios de implementação do SUS situa
os depoimentos no plano de um verdadeiro balanço entre o que foi feito na
Saúde Coletiva em cada uma das três instituições analisadas.
Neste sentido, as diferentes imagens de Saúde Coletiva
ajudam a interpretar os significados e desafios vistos pelos agentes da UEL,
UFPR e UnicenP.
No caso da UEL, mesmo antes da promulgação constitucional
do SUS em 1988, o Curso de Medicina já se mostrava, desde o pioneiro
convênio com a Secretaria Municipal de Saúde para a implantação do Posto
de Saúde da Vila da Fraternidade em 1970, comprometido com a construção
de cenários favoráveis ao ensino da Atenção Básica em Saúde no Município
de Londrina (Lavras et al., 2007).
Assim, no Norte do Paraná, na cidade de Londrina, as
inovações nos processos de organização dos serviços de saúde a nível local
foram marcadas pela busca do estabelecimento dos vários níveis de atenção
à saúde, em relação aos quais o Hospital Universitário se inseria como um
dos cenários de prática dos estudantes e não o único e exclusivo local de
formação dos médicos (Almeida, 1979).
Na cidade de Curitiba, este processo aconteceu depois da
implementação do SUS e também influenciou positivamente o centenário