Page 271 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                                    Eu  não  tenho  uma  expectativa  de  que  o  patinho  feio  da  Saúde
                                    Coletiva se transforme num cisne. Eu tenho a esperança e a utopia,
                                    dentro das condições que estão colocadas hoje, que se nós pudermos
                                    aceitar  o  patinho  feito,  no  ninho  do  pato,  já  vai  ser  bom  demais.
                                    Porque, no meu modo de ver, essa valorização da Atenção Básica e
                                    desse espaço na comunidade passa por valores que transcendem a
                                    Universidade, são valores sociais, são valores instituídos  por meio
                                    das  políticas  públicas.  Então,  nós  também  nadamos  contra  a
                                    correnteza, nós nunca vamos transformar o patinho feio num cisne
                                    por  conta  do  módulo,  não  somos  só  nós  que  temos  esta
                                    responsabilidade em transformá-lo em um cisne. (PUEL4)


                                            As iniciativas e conquistas da área de Saúde Coletiva da UEL,

                            tanto  na  graduação  médica  quanto  nas  políticas  regionais  e  nacionais  de

                            saúde,  foram  sempre  no  sentido  de  criar  mecanismos  de  mudança  da


                            formação  médica  (Santos,  1967;  Soares,  1976;  Cordoni  Jr,  1979;  Almeida,

                            1997).  Além  das  figuras  emblemáticas  de  alguns  sanitaristas  históricos  que

                            atuaram  em  Londrina,  outros  professores,  ao  longo  dos  últimos  40  anos,

                            também  desempenharam  papéis  destacados  de  formulação,  articulação  e


                            condução do movimento de transformação na graduação e desenvolvimento

                            de recursos humanos em saúde.


                                            Seja na graduação ou na pós-graduação, é marcante, na área

                            de  Saúde  Coletiva  da  UEL,  a  preocupação  com  as  questões  educacionais


                            relacionadas  à  formação  médica,  haja  vista  a  criação  de  uma  Estação  de

                            Trabalho  no  Núcleo  de  Estudos  em  Saúde  Coletiva  UEL  (NESCO,  2008),

                            integrando a Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde (Ministério


                            da Saúde/OPAS) desde 1999.


                                            Tal iniciativa teve o propósito de realizar pesquisas e produzir

                            informações  sobre  recursos  humanos  em  saúde  de  forma  a  contribuir,  em
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