Page 259 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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Tendo concluído os estudos de caso da UEL, UFPR e
UnicenP, importa considerar os dados coletados que, tanto pelo viés da sua
convergência quanto pelo da sua divergência, possam elucidar a
compreensão do papel da Saúde Coletiva na formação médica. A
complexidade dessa análise advém justamente da necessidade de se
respeitar as diferentes possibilidades de configuração institucional, suas
trajetórias e estruturas burocrático-administrativas.
Ao lado dessas singularidades, é importante não perder de
vista as metas tão claramente delineadas pelas Diretrizes Curriculares dos
Cursos de Medicina, em especial, a aproximação com o SUS.
Calcado nesses princípios, o objetivo deste capítulo é
contribuir para as discussões travadas no âmbito nacional nos seguintes
planos de abordagem: o Currículo de Medicina e o SUS, os desafios da Saúde
Coletiva pela consideração do que foi feito e, finalmente, o diálogo possível
entre as tendências no ensino da Saúde Coletiva.
A despeito das diferentes configurações curriculares,
observou-se uma grande convergência de opiniões nas três instituições
estudadas. O que variou em cada caso foi a carga horária e as diferenças
atribuídas à Saúde Coletiva nos módulos, nas disciplinas, nos estágios, nas
práticas e nas teorias trabalhadas ao longo do curso.
O Sistema Único de Saúde (SUS) e a concepção dessa
proposta de organização dos serviços de saúde, na visão dos diferentes
atores entrevistados da UEL, só apareceram de forma explícita no grupo focal