Page 284 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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Ao término deste trabalho, o esforço em compreender o papel
da Saúde Coletiva através do estudo dos cursos de Medicina da UEL, da
UFPR e da UnicenP, permite vislumbrar a viabilidade de diferentes formatos
curriculares projetados como fórmulas flexíveis e de estabilidade variável a
partir das diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo MEC, cada vez
mais apoiadas pelo Ministério da Saúde.
Se, por um lado, há o interesse intrínseco em conhecer a
natureza de cada projeto curricular tal como ele é proposto institucionalmente
e vivido pelos seus diferentes agentes, por outro, importa situar algumas
implicações que, extrapolando a dimensão imediata dos objetos de estudo,
permitem uma reflexão mais ampliada sobre o papel da Saúde Coletiva nos
cursos de medicina:
1º) A necessidade de se pensar a formação médica a partir dos diferentes
contextos socioculturais e da singularidade de cada instituição.
2º) A necessidade de se conciliar, no processo formativo, o conhecimento
técnico e a aproximação do estudante com a realidade dos processos de
saúde e doença no Brasil.
3º) A convicção de que a formação médica não pode ser garantida apenas
pelo acúmulo de informações de diferentes áreas da Medicina, mas
também pelo desenvolvimento de posturas críticas, de compromisso
social e de constituição de uma ampla cultura profissional na área de
saúde.