Page 285 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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4º) A evidência de que até mesmo os programas mais arrojados não
eliminam as inquietações, não dão conta de todos apelos e não suprem
todas as necessidades inerentes à formação médica, tal é a complexidade
dos aspectos envolvidos. Embora o ajustamento dos programas possa ser
um fator positivo para a qualidade da formação, outros fatores interferem
nesse processo, como é o caso da tradicional estruturação dos estágios
no internato médico. Ainda que esses estágios sejam tão freqüentemente
apontados como a “salvação” dos cursos, parece certo que a sua
qualidade depende da estrutura de seu funcionamento, da articulação
com a formação básica e da aproximação ao sistema de saúde.
5º) A evidência de que a implementação das propostas curriculares e o seu
bom desempenho estão diretamente relacionados com a agilidade
institucional para acompanhar o desenvolvimento dos projetos, avaliar os
seus resultados, diagnosticar eventuais falhas e corrigir problemas, o que,
por sua vez, pressupõe uma articulação político-pedagógica entre
gestores, professores e estudantes.
Em outras palavras, a saúde institucional está estreitamente
vinculada à sua capacidade de renovação e ajustamento. Assim, é pela
aproximação com as diretrizes nacionais de formação médica, pela
consideração das diversidades institucionais e acadêmicas, pelo
comprometimento com os desafios propostos pela Saúde Coletiva, pelo
esforço para a construção da competência profissional que se traduz em
saberes, habilidades, atitudes e pelo gerenciamento democrático das escolas