Page 286 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                            e do sistema de saúde que, hoje, podemos situar o papel do ensino da Saúde

                            Coletiva na formação médica.


                                            Em função dessa complexidade, a convicção de que a Saúde


                            Coletiva pode não se constituir como um eixo vertebrador da graduação em

                            Medicina  (como  são  os  casos  da  UEL  e  da  UFPR)  não  diminui  a  sua

                            relevância para a formação médica. De modo inverso, a sua presença maciça

                            ao longo do curso (como é o caso da UnicenP) não garante necessariamente

                            o ideal da profissionalização do médico.



                                            No  estreito  limite  entre  as  possibilidades  de  articulação  dos

                            programas  e  da  boa  inserção  que  a  Saúde  Coletiva  pode  representar  no

                            curso,  o  que  fica  evidente  é  a  peculiaridade  epistemológica  do  campo  de


                            saber  da  Saúde  Coletiva,  que  lhe  confere  um  grau  de  riqueza  capaz  de

                            sustentar  a  universalidade  do  conhecimento,  na  melhor  tradição  iluminista

                            (Elias,  2003),  dando  a  este campo  condições  de  fortalecer  a construção  da

                            articulação da Saúde Coletiva com os saberes da profissão médica.



                                            A complexidade da formação em Medicina, que é constituída

                            por  muitos  campos  de  abordagem,  além  de  requerer  conteúdos  essenciais

                            que proporcionem a integralidade das ações do cuidar com um alto grau de

                            excelência  técnica,  requer  também  o  compromisso  social  das  escolas


                            médicas, diante da realidade sanitária da população brasileira e dos enormes

                            desafios da saúde no Brasil (Lampert, 2002).


                                            Para a qualificação do médico, é a integração de serviços do


                            sistema de saúde  —  atenção primária, secundária (hospitalar e ambulatorial)
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