Page 32 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                                            Isso talvez justifique porque, ultimamente, as participações de

                            docentes  têm  sido  contraditórias  nos  processos  de  mudança,  ora  liderando

                            movimentos de mudança, ora resistindo a eles. Se essa oscilação não se dá

                            ao  acaso,  quais  os  fatores  que  estariam  determinando  esta  situação?


                            Estariam associados ao contexto político local? Estariam relacionadas a uma

                            determinada concepção de Saúde Coletiva? (PESES, 1978).


                                            Afinal,  as  transformações  não  acontecem  por  acaso.  Basta

                            lembrar  que,  se  no  passado  a  Saúde  Coletiva  capitaneou  processos  que


                            permaneceram  isolados,  os  Departamentos  de  Medicina  Preventiva  em

                            particular,  desenvolveram  múltiplas  experiências  de  práticas  extramurais,

                            desde os Centros de Saúde Escola até a inserção e articulação com redes de


                            serviços locais, nas experiências de Integração Docente Assistencial (IDA) da

                            década de 1980 (Marsiglia, 1995).


                                            Entre as iniciativas promovidas no Brasil para a introdução de

                            novas  práticas  de  formação  do  profissional  de  saúde,  tecnicamente


                            preparados  para  prestar  atenção  integral  à  saúde  e  comprometidos  com  a

                            solução  dos  problemas  sanitários,  destaca-se  o  Programa  UNI  (Kisil  e

                            Chaves,  1994),  desenvolvido  com  o  apoio  da  Fundação  Kellogg  em  seis

                            instituições de ensino superior, em parceria com os sistemas locais de saúde


                            e  com  organizações  comunitárias,  para  a  implantação  de  mudanças  na

                            formação, na organização da atenção à saúde e na participação popular.


                                            Especificamente  em  relação  às  experiências  apoiadas,


                            ressalta-se  a  do  município  de  Londrina  (PR),  que  vem  sendo  reconhecida
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