Page 33 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                            como potencialmente  promotora de mudanças significativas na formação de

                            médicos.  As  novas  propostas  de  orientação  do  Curso  de  Medicina  da

                            Universidade    Estadual    de   Londrina    (UEL)    têm    contemplado     a

                            interdisciplinaridade, a articulação entre ensino-serviços-comunidade, a ampla


                            utilização de cenários de ensino extra-hospitalares e alteração dos conteúdos,

                            processos de aprendizagem e relações entre docentes e estudantes (Campos,

                            1999).



                                            No  cenário  das  mudanças  na  graduação,  essa  experiência

                            assume  um  papel  estratégico,  justamente  por  estar  trilhando  um  caminho

                            próprio para  a consolidação do seu projeto de reforma na formação médica

                            (Campos, 2004).



                                            Neste  sentido,  a  análise  dos  processos  de  implantação,  a

                            consideração  das  dificuldades  enfrentadas,  o  estudo  das  alternativas


                            propostas e, sobretudo, a avaliação dos primeiros resultados constituem focos

                            de particular relevância na busca de alternativas para a (re) configuração até

                            mesmo da própria saúde pública (Menéndez, 1992).



                                            Estudar  o  ensino  da  Saúde  Coletiva  parece  ser  de

                            fundamental  importância  para  que  se  possa  identificar  estratégias  e  buscar

                            subsídios  para  processos  de  mudança  dos  referenciais  pedagógicos  ou  do

                            projeto  de  ensino,  validar  alternativas  de  ensino  para  novos  processos  de


                            formação  e  propor  princípios  norteadores  para  as  políticas  de  formação  de

                            profissionais de saúde (Campos e Elias, 2008).
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