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Em levantamento realizado em 1995, os 23 projetos envolviam: 103
cursos universitários, 2.308 professores e 21.077 estudantes universitários,
224 unidades de saúde dos três níveis de atenção, 1.584 profissionais
de saúde e 624 organizações comunitárias. A população total estimada,
residente nas áreas dos 23 SILOS em construção pelos projetos, era de
3.793.860 habitantes.
No decorrer das fases de implantação dos projetos, foram intensas
as atividades promovidas pelo programa de apoio aos mesmos. Algumas
responderam à demandas manifestadas pelos projetos, individualmente
ou em grupos; outras resultaram de iniciativa da própria coordenação
do programa que, acompanhando a evolução dos projetos, detectou
debilidades e/ou ameaças.
Além de promover as atividades de apoio, a coordenação do
Programa UNI constituiu, em 1993, uma equipe de consultores, vários deles
com participação desde a fase de concepção da proposta, encarregada
de elaborar e efetuar a avaliação do Programa. O plano preliminar de
avaliação foi discutido com os diretores dos projetos e os coordenadores
das equipes de avaliação interna visando analisar a metodologia proposta
e estabelecer a sua interação com os processos de avaliação interna
formulados no âmbito de cada projeto.
A escolha da estratégia avaliativa foi muito influenciada pela
experiência da unidade de avaliação da Fundação Kellogg, nos Estados
Unidos, que aplicou pela primeira vez, em 1988, um novo desenho
avaliativo, denominado “cluster evaluation”. Desde então, essa estratégia
vem sendo aplicada em várias áreas de trabalho da própria Fundação, e
também tem sido utilizada por outras agências, públicas e privadas, nos
Estados Unidos e na Europa. Para se fazer uma ideia da disseminação
dessa nova proposta avaliativa, aplicável a programas complexos,
constituídos por “multi-site projects”, vale registrar que, em 1994, a
Associação Americana de Avaliação criou um grupo de estudos especial
sobre avaliação de cluster.
Conforme expõe Sanders (1997), avaliação de cluster é um tipo
de avaliação de programas. É avaliação de programas constituídos por
projetos em várias localidades, com objetivos comuns de mudança (...)
tem algumas características básicas: (a) é holístico; (b) é orientado para
resultados; (c) busca obter lições generalizáveis e (d) envolve comunicação
intensa e colaboração entre parceiros.
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