Page 143 - EDUCAÇÃO MÉDICA E SAÚDE - A Mudança é Possível!
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da saúde, tanto de países desenvolvidos como em desenvolvimento.
Destacam-se dentre elas as provenientes do Centro de Educação Médica
da Universidade de Dundee (Escócia), do Departamento de Educação
Médica da Universidade de Illinois e da Escola Médica da Universidade
de New South Wales, na Austrália. Também a Educational Commission for
Foreign Medical Graduates (ECFMG) manifestou seu interesse e disposição
em cooperar na implantação da iniciativa.
Os processos desenvolvidos para a implantação da proposta
destacam, nos seus anos iniciais, o aprofundamento teórico-conceitual e
metodológico-operativo, nos quais se incluem:
1. a realização de uma reunião sobre “Assessment of Quality Medical
Education”, na Itália, em 1991 (BOELEN et al., 1992);
2. a realização de um Grupo de Estudos sobre “Problem-solving
education for the health professions”, em Genebra, em 1992
(WORLD, 1993);
3. a realização de um grupo de consulta sobre “Preparing protocols
for change in medical education”, em Seattle, Estados Unidos,
em 1992 (BOELEN et al., 1995).
Todas essas iniciativas contaram com a participação de atores/
autores das propostas “Network” e “Gestão de Qualidade”, com mais
destaque para os da “Network”. Por outro lado, encontram-se pontos de
identidade com a proposta UNI, pois, segundo os autores da proposta, as
relações da escola médica, do ponto de vista organizacional, podem ser
enquadradas em duas esferas: uma interna e outra externa.
A interna diz respeito a estrutura, padrões de funcionamento e
modalidades de comunicação da escola. A externa diz respeito a todas
as forças externas que podem potencialmente afetar o funcionamento da
escola médica. Assim, “(...) para estabelecerem parcerias, dois subsistemas
no ambiente externo são vitais: o sistema de saúde e a comunidade. O
primeiro inclui componentes como os serviços de saúde, as organizações
profissionais, o financiamento e as regulamentações governamentais. A
comunidade inclui a área geográfica onde atua a instituição educacional,
sua população e a realidade socioeconômica, política e cultural” (WORLD,
1993).
Em termos das suas bases operacionais de apoio, a proposta
preconizou uma expansão de 12 para 39 Centros Colaboradores em
Educação Médica (Figura 14).
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