Page 141 - EDUCAÇÃO MÉDICA E SAÚDE - A Mudança é Possível!
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A proposta alerta que se trata de evitar ser muito prescritivo, uma
vez que não se recomenda currículos uniformes para as escolas médicas
e, tampouco, padrões mundiais de certificação profissional. Reconhece
que é prerrogativa de cada país determinar o modelo da educação médica
e as condições para licenciar a prática e certificar o exercício profissional.
O segundo componente da proposta refere-se às estratégias de
mudança. É apresentada uma relação inicial delas, afirmando-se que
sua adoção não deve ser vista como mutuamente excludente. Dentre as
existentes, destacam-se:
1. Implantação de currículos experimentais
2. Utilização de tecnologia de informação e de comunicação
3. Introdução do ensino baseado em problemas
4. Ênfase na educação médica continuada
5. Abordagem dos problemas prioritários de saúde pública nos
currículos
6. Focalização nos interesses do consumidor
7. Iniciativa universitária
8. Obtenção de consenso nacional;
9. Otimização dos recursos humanos disponíveis em saúde.
Além de descrever cada uma delas, a proposta apresenta indicações
sobre como selecionar uma estratégia em particular e como empregá-la,
afirmando que a formulação e a implementação das estratégias devem
ser consideradas como objetos de projetos de pesquisa-ação. E que, neste
sentido, protocolos deverão ser utilizados.
Quanto ao terceiro componente da proposta, o monitoramento
global dos processos de mudança, é dito que uma rigorosa abordagem
metodológica deverá ser aplicada, para se garantir a apropriada avaliação
e comparação das diferentes estratégias que venham a ser ou estejam
sendo utilizadas.
iMplantação e desenvolviMento
A proposta “Changing” vem exercendo sua ação com base em
um calendário (Figura 13) que concentra, nos primeiros cinco anos
(contados a partir de 1991), atividades de promoção da proposta, de seu
desenvolvimento metodológico e de pesquisa-ação.
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