Page 88 - EDUCAÇÃO MÉDICA E SAÚDE - A Mudança é Possível!
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frente a su trabajo conceptual, metodológico y operativo” (CONFERÊNCIA,
1992).
A Conferência foi, sem dúvida, um processo importante de (re)
afirmação ideológica e aprofundamento teórico-conceitual das questões
vigentes na América Latina no contexto do amplo temário tratado. Mas,
decorridos seis anos da sua realização, não se tem conhecimento de
avaliações acerca do significado desse evento latino-americano no contexto
do setor saúde, particularmente da educação médica, nos países da região.
Não há sinais de que os objetivos mencionados anteriormente,
do projeto SALUDUAL, tenham sido plenamente alcançados. No caso
particular da ALAFEM, sua fragilidade atual pode ser vista como sinal de
que o “aumento da sua capacidade científico-técnica”, propiciado pelo
processo de realização da Conferência Integrada, não foi suficiente para
imprimir maior inserção e dinamismo da sua intervenção junto às escolas
médicas. Mas sua maior visibilidade política, ainda que transitória, foi
suficiente para estabelecer, no decorrer dos anos seguintes, uma ação
colaborativa com a FEPAFEM. A aproximação entre ALAFEM e FEPAFEM
ocorreu no contexto da realização da 2.ª Conferência Mundial de Educação
Médica.
Esta, conhecida no panorama internacional como tendo sido o
“II World Summit on Medical Education”, se realizou em Edimburgo
(Escócia) em 1993. Dos 240 participantes, provenientes de 80 países, 42
(17%) pertenciam à região das Américas, constituindo-se, dentre as seis
regiões da OMS e da WFME, na delegação mais numerosa. Dentre os 42
haviam 21 latino-americanos, na maioria diretores de escolas médicas,
convidados e financiados pela OPS/FEPAFEM e pela Fundação Kellogg.
A Conferência, organizada e coordenada pela WFME, contou
com o apoio da OMS/OPS, da UNICEF, da UNESCO, do Programa de
Desenvolvimento das Nações Unidas, do Banco Mundial, da Fundação
Kellogg, da Fundação Robert Wood Johnson e de várias outras organizações
do Reino Unido. O seu tema central “A mudança na profissão médica:
implicações para a educação médica” foi resultado de sugestão feita pela
OPS e aceita pela WFME.
A OPS, visando estimular a participação latino-americana no evento,
encomendou alguns documentos básicos a educadores médicos, cientistas
sociais e economistas, posteriormente publicados em uma edição especial
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