Page 95 - EDUCAÇÃO MÉDICA E SAÚDE - A Mudança é Possível!
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Visando à maior articulação entre o ensino das várias profissões
         de saúde e a incorporação da comunidade nos esforços de colaboração
         entre as instituições educacionais e de serviço,  o programa recebeu o
         nome de “Uma Nova   Iniciativa   na   Educação   dos   Profissionais
         de   Saúde:   União   com   a  Comunidade”  (UNI).  Seus  objetivos,
         apresentados  sumariamente,  são:  a) contribuir para a reorientação da
         formação profissional ao nível dos cursos de graduação; b) fortalecer a
         construção de Sistemas Locais de Saúde; c) promover o desenvolvimento
         comunitário em matéria de saúde.
               Segundo Kisil & Chaves (1994b), líderes do grupo precursor do
         Programa, a expectativa na época do seu lançamento era de que o
         Programa UNI contribuísse para o desenvolvimento de:
               a) modelos de educação dos profissionais de saúde, articulando
                  academia, serviços e comunidade, com base em SILOS e no
                  trabalho em equipe multiprofissional;
               b)   modelos de SILOS, centrados no enfoque familiar, contemplando
                  tecnologias apropriadas tanto para a prestação de serviços como
                  para a formação profissional;
               c)   modelos de participação comunitária nas ações relativas ao setor
                  saúde, inclusive nas relacionadas à educação dos profissionais
                  de saúde;
               d)  novos líderes na área da saúde.
               A proposta UNI contou, na sua fase de concepção, com a
         participação de líderes do movimento de educação dos profissionais de
         saúde (medicina, enfermagem, odontologia) e do movimento de reforma
         do setor saúde existentes na América Latina, particularmente do movimento
         pela Reforma Sanitária Brasileira.
               Segundo  Chaves  &  Kisil  (1994),  “(...)  o UNI  representa  um
         movimento multinacional (talvez “uma proposta internacional” fosse
         melhor dito) articulado de cooperação técnica entre países do Terceiro
         Mundo (...) No processo dialético de interação universidade-serviços, pode-
         se dizer que a universidade, num dado momento propulsora de ideias
         que foram incorporadas pelos serviços em suas agendas, tem sofrido,
         nos últimos anos, uma perda de liderança. Não será demasiada pretensão
         pensar que o Programa UNI poderá marcar (...) uma nova síntese e o
         início de um amplo movimento de mudança, com benefícios significativos
         para a sociedade e para as profissões de saúde”.



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