Page 186 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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“Prática de Ambulatório Geral, ela tem esse nome porque se
colocou, mas ela é uma disciplina basicamente de Atenção Primária
à Saúde, ela é nas Unidades de Saúde da Prefeitura de Curitiba. Ela
se dá no 6º período do Curso de Medicina, é um dos primeiros
momentos de inserção precoce do aluno na rede de saúde. Porque a
primeira vez que o aluno vai para a Unidade de Saúde, ele tem na
Saúde e Sociedade, no 3º período, mas é muito teórico e a nossa não,
o aluno vai toda semana à Unidade de Saúde e ele já visa
atendimento aos pacientes da Unidade que são agendados, então ele
faz uma atenção primária, mas ele participa da Unidade de Saúde
também. Ele participa dos programas da Unidade de Saúde, faz
visita domiciliar, faz atividade de educação em saúde, participa das
campanhas de vacina, da campanha de dengue, tudo que a Unidade
acaba produzindo que é um conhecimento que a gente acha que é
importante, os alunos participam de todo esse processo. É uma
disciplina importante, mas tem um professor só, que sou eu. O que
nós conseguimos foram médicos concursados da Universidade que
nos ajudam na disciplina, então, são médicos da Universidade que
são lotados no nosso Departamento e eles ficam na Unidade de
Saúde. E o aluno vai para a Unidade e o médico está lá”.
(PUFPR5)
Os gestores não se manifestaram especificamente sobre esta
questão, mas tendem a concordar com os professores porque, com o
processo de ajustamento curricular provocado pelas diretrizes curriculares, há
maior mobilização para a formação do médico que atenda as necessidades de
saúde da população como a exposição precoce do estudante às Unidades
Básicas de Saúde do SUS, ampliando o seu contato com a comunidade.
Nesta perspectiva, existe um esforço concreto de superação
de um curso tradicional, de uma visão de formação médica mais voltada para
as práticas dentro do Hospital de Clínicas.
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