Page 188 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
P. 188
168
)*
Apesar disso, parece evidente o esforço da coordenação em
envolver todos os docentes na discussão do ajuste curricular, uma
preocupação que poderia ser comprovada até na pauta das reuniões
ordinárias de 2007, convocadas pelo Colegiado do Curso de Medicina.
De acordo com os estudantes de primeira à quarta série,
reunidos no Grupo Focal realizado no Diretório Acadêmico Nilo Cairo – DANC,
houve consenso de que as disciplinas de Saúde Coletiva são muito teóricas e
com poucas práticas, com exceção dos PAGs, que dão importância ao que os
estudantes entendem como atividades práticas, como podemos observar
neste relato:
Eu acho que a única disciplina que nos proporciona momentos
práticos é o PAG. Porque Saúde, Sociedade e Meio Ambiente, a
gente até teve essa saída a campo, mas para mim não valeu como
carga horária prática. Teve a sua importância, mas acho que a gente
é simplesmente jogada e o PAG é eminentemente prático, então o
conteúdo teórico é mínimo, mas eu não vejo isso como um problema.
Até pelos assuntos que eram abordados basicamente sobre doenças,
isso a gente tem em outras disciplinas, nas especialidades. E nas
outras é basicamente teórico, a Infectologia, por exemplo, eram três
aulas que a gente tinha teóricas que deveria ser uma hora teórica e
duas de prática ou teórica-prática, mas a gente não viu nenhum
paciente, a gente não saiu do ambiente de sala de aula. Saúde e
Trabalho, a gente só teve conteúdo teórico, tivemos uma visita a
uma empresa, que foi até interessante, porque a empresa, no meu
modo de ver, é uma comunidade. Acho que isso foi um problema bem
grande, porque dentro de um Departamento de Saúde Comunitária
eu acho que a prática é indispensável. (EUFPR3)
Na visão dos internos do 12º semestre, entrevistados em um
Grupo Focal específico, houve consenso sobre a conveniência de se antecipar
o estágio e sobre a oportuna vivência em uma Unidade Básica de Saúde.
"4
5—6 !. <+*