Page 193 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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muito importante para a formação profissional, não tinha visto no
curso todo, agora que eu estou conseguindo ver a importância desta
área”. Valorizam as atividades em que eles aprendem coisas úteis,
eles gostam muito, por exemplo, do estágio de Vigilância
Epidemiológica no HC em que eles discutem as condutas, sejam do
controle epidemiológico, sejam de tratamento. No nosso Internato
nós temos um módulo que é da Infectologia, eles gostam muito
porque é contato com paciente, gostam mais do que Saúde Coletiva
ou Vigilância porque esse contato não é o principal para eles.
(PUFPR2)
No estágio do Internato o processo de ensino-aprendizagem
não está totalmente centrado no professor e na sua relação com o estudante
em torno do objeto do conhecimento mais do que entender o funcionamento
do SUS, o que orienta a organização das atividades do estágio é a
aprendizagem a partir do enfrentamento dos problemas reais da saúde
pública.
Os estudantes vão as Unidades Básicas de Saúde para
conhecer as necessidades de saúde da população, suas demandas e como a
Unidade está respondendo a elas, como também para refletir sobre a maneira
mais adequada de melhorar essas respostas. A idéia é que os estudantes se
integrem nas equipes de saúde, assumindo junto com elas a solução dos
problemas e aprendendo com as vivências desse processo de trabalho em
atenção básica. O depoimento de um dos professores responsáveis é
esclarecedor:
Eu até me surpreendi com alguns resultados lá. Eles analisam como
é que a Unidade trabalha, a gente discute um pouco modelos
assistenciais, eles compreendem um pouco a questão da
territorialização, a gente tenta deixar claro para eles que o médico
de família deve se responsabilizar pelo cuidado da saúde daquela
população da sua área. Então, é responsabilidade sua cuidar dos
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