Page 190 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                                            Como  se  pode  observar,  apesar  da  reforma  curricular  ter

                            introduzido  duas  disciplinas  no  6º  e  7º  semestres,  chamadas  de  Prática  de

                            Ambulatório Geral I e II, que acabaram sendo assumidas pelo Departamento

                            de  Saúde  Comunitária,  essas  disciplinas  não  estão  até  agora  cumprindo  a


                            função  que seria de  Saúde Coletiva,  no sentido de  dar uma visão maior de

                            organização de serviços de saúde, programas de saúde e epidemiologia local.

                            Em função disso, o estágio do Internato acaba cumprindo esse papel, como

                            afirma uma professora entrevistada:


                                    Eu considero que os nossos alunos hoje só estão tendo uma vivência
                                    prática de Saúde Coletiva no 12º período, o que é muito ruim. Foi
                                    essa motivação e as avaliações sucessivas que a gente fez do estágio,
                                    com questões abertas, que nos mostraram que ele teria que descer
                                    para  o  6º  e  7º  período,  então  nós  estamos  propondo  mudar  essas
                                    disciplinas  de  PAG  (Ambulatório  Geral),  com  uma  visão  muito
                                    clínica mesmo, para Atenção Integral à Saúde I (AIS I) e Atenção
                                    Integral à Saúde II (AIS II). A proposta na reformulação é 1 hora
                                    teórica e 3 horas práticas na AIS I  e 2 horas teóricas e 3 horas
                                    práticas  na  AIS  II,  para  tentar  resolver  isso  e  descer  essa  nossa
                                    experiência  do  estágio  para  essas  disciplinas,  porque  não  tem
                                    sentido no último período do curso, o estudante ter uma prática em
                                    Unidade de Saúde, em que ele veja a Saúde Coletiva. É isso o que a
                                    gente está tentando consertar agora. (PUFPR2)


                                            Em  síntese,  pode-se  dizer  que  o  reconhecimento  das

                            dificuldades  e  problemas  do  curso  vem  gerando  medidas  institucionais


                            orientadas  para  o  aprimoramento  da  proposta  curricular.  Em  primeiro  lugar,

                            vale mencionar o esforço dos coordenadores em transformar as reuniões em

                            espaços  de  negociação  para  melhor  articular  as  disciplinas.  Em  segundo,

                            importa  destacar  a  proposta  de  Ajuste  Curricular  com  a  antecipação  dos

                            estágios refletindo o consenso da comunidade acadêmica, tem ainda o mérito


                            de aproximar o curso das Diretrizes Curriculares Nacionais.

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