Page 194 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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hipertensos, por exemplo. E aí começamos a fazer essa reflexão, o
que é que você precisa saber para cuidar bem de um hipertenso? O
que eu falei que me surpreendeu é que na análise dos hipertensos na
Unidade de Saúde de Colombo, no início, tinha em torno de 30% de
hipertensos com a pressão controlada, que estavam no projeto
quando a gente chegou, e aí os alunos enxergaram vários
problemas, era prescrição equivocada, era paciente que não aderia
ao tratamento, enfim vários fatores. E isso foi sendo corrigido e o
grau de hipertenso com pressão controlada chegou a 60 % em um
ano. Então isso eles fazem para aquelas situações em que a Unidade
prioriza: cuidado da gestante, a questão do preventivo, cuidado da
criança, hipertenso e diabético. (PUFPR1)
Esta opinião coincide com a dos estudantes do grupo focal
dos internos, que lamentavam o fato do estágio ser optativo no final do 12º
período.
A exposição que a gente teve antes do Internato na rede básica não é
bem suficiente para a gente aprender sobre Medicina Comunitária.
A gente só vai ter essa visão agora no Internato. Por isso eu acho
importante que o estágio de Medicina Comunitária, que não é
obrigatório, fosse bem visto por todos os estudantes do curso.
(EUFPR5)
Ao que parece, na consideração das estratégias, constatam-
se duas realidades que se opõem: uma nas aulas teóricas, prevalecendo
procedimentos mais típicos de um ensino tradicional, centrado no professor e
voltado para a transmissão de conteúdos e outra no estágio do Internato, em
que predomina o contato com a realidade, a delegação de responsabilidades,
tendo em vista a aplicação de saberes associada à formação de habilidades
clínicas e atitudes profissionais.
O que dizem os agentes envolvidos nesse processo
educacional? A professora entrevistada está mais preocupada em implantar
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