Page 197 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                                            O segundo eixo de análise a partir do currículo relatado pelos

                            entrevistados foi o da Saúde Coletiva no Contexto do Curso, que se refletiu

                            em  duas  categorias  analíticas:  a  Inserção  no  Projeto  Pedagógico  e  a

                            Aderência às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Graduação em Medicina


                            na UFPR.



                                 4ª  CATEGORIA  ANALÍTICA:  INSERÇÃO  NO

                                   PROJETO  PEDAGÓGICO  DA  UFPR


                                            Esta categoria de análise pretende apresentar a inserção da

                            área de Saúde Coletiva no Currículo do Curso de Medicina da UFPR.



                                            Sobre  o  valor  dos  documentos  relacionados  ao  projeto

                            pedagógico,  existe  uma  fala  muito  forte  de  um  dos  gestores  do  curso  que

                            procurou resgatar o contexto da proposta da mudança curricular aprovada em

                            1994 pelo Conselho Superior da Universidade, liderada pelo coordenador do

                            Colegiado  do  Curso  e  com  total  apoio  do  Diretor  do  Setor  e  da  reitoria,  na


                            época. Eis o que ele revela:


                                    O que levou a mudar o Curso de Medicina é que existia uma suposta
                                    insatisfação  dos  alunos  com  o  modelo  de  ensino,  que  é  muito
                                    tradicional.  De  outro  lado,  houve  uma  associação  interessante  do
                                    Diretor do Setor de Saúde da época com uma professora da área de
                                    educação que era a Pró-reitora de Graduação. E ela fez um projeto
                                    para  ajudar  essas  mudanças  curriculares  no  Curso  de  Medicina,
                                    mas  seria,  teoricamente,  uma  proposta  para  a  Universidade,  que
                                    envolveu, entre outras coisas, a mudança do calendário escolar do
                                    Curso  de  Medicina  para  40  semanas  e  não  30  como  em  todo  o
                                    restante  da  Universidade,  sem  semana  de  provas,  sem  semana
                                    acadêmica.  Algumas  coisas  foram  difíceis  no  início,  mas  tinham
                                    fundamento, eram defensáveis. Foi muito criticado na Universidade
                                    porque  diziam  “olha  a  Medicina  querendo  de  novo  fazer  tudo

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