Page 201 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                            Um estudante, no Grupo Focal do DANC assim se posiciona em relação ao

                            Ajuste:


                                    Cada  departamento  se reúne,  pensa por  si só. Não  há vontade  do
                                    curso  como  um  todo  de  sentar,  pensar  no  perfil  do  médico  a  ser
                                    formado e analisar horizontalmente o que tem que ser dado em cada
                                    período.  Tem  muito  ego  de  professor,  tem  carga  horária em  jogo,
                                    porque os departamentos não querem abrir mão de carga horária,
                                    porque vão receber menos docentes por diminuir a carga horária.
                                    Em  relação  ao  Ajuste  Curricular  da  Saúde  Coletiva,  se  não
                                    mudarem  a  forma  de  se  explicar  a  Saúde Coletiva,  a  forma  de  se
                                    mostrar  aos  estudantes  o  que  é  Saúde  Coletiva,  não  vai  adiantar
                                    colocar a Gestão no 5º período e Epidemiologia no 4º período, para
                                    mim não valeu de nada ter abaixado. Claro, vai ser ótimo porque vai
                                    ter  aumento  de  dois  anos,  quando  você  conseguir  abaixar  meio
                                    semestre do curso, a gente consegue o Internato de dois anos mas,
                                    fora isso,  não vai melhorar em nada, se não se repensar um método
                                    de avaliação, um método pedagógico e o que tem que ser enfocado
                                    dentro das disciplinas. Mas avança em relação ao que a gente tem,
                                    mas não está havendo essa conversa entre os departamentos, então
                                    não  avança  em  outros  sentidos  porque  o  Departamento  de  Saúde
                                    Comunitária  continua  tentando  trazer  essa  visualização  nova  de
                                    médico  para  a  gente,  mas  os  outros  departamentos  continuam
                                    chamando  o  departamento  “de  médicos  de  pés  descalços”.
                                    (EUFPR4)


                                            O único professor que se manifestou nesta categoria destaca

                            o crescimento da área no Curso de Medicina como um todo o que, somado às

                            novas contratações que ocorreram no ano de 2008, pode vir a representar de

                            fato  uma  maior  inserção  da  área  no  novo  projeto  pedagógico  que  vem  se

                            delineando. Diz ele:


                                    Acho  que  a  Saúde  Coletiva  está  num  processo  de  crescimento,  de
                                    avanço dentro da nossa universidade, vejo que a inserção da Saúde
                                    Coletiva  no  Curso  de  Medicina  vai  aumentar.  De  uma  forma
                                    gradativa,  não  tanto  quanto  nós  gostaríamos,  mas  ela  vem
                                    aumentando, se você for ver o histórico da Saúde Coletiva no Curso
                                    de  Medicina.  Eu  entendo  que  isso  é  bom,  que  vai  representar  um
                                    avanço para o Curso de Medicina, mas isso vai se dar com o tempo.
                                    (PUFPR5)

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