Page 97 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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Existe um consenso entre os professores entrevistados de
que a Saúde Coletiva, enquanto área de conhecimento dentro do currículo do
Curso de Medicina, não deveria ficar restrita apenas a esses quatro módulos
(dois transversais e dois longitudinais) ou apenas aos PINs, mesmo que os
módulos da terceira e quarta séries não estejam sob a responsabilidade
operacional do Departamento de Saúde Coletiva, mas de Clínica Médica.
No entanto, o que acabou acontecendo depois de
efetivamente implantadas as seis séries do novo currículo integrado do curso,
por falta de disponibilidade de carga horária docente do Departamento, entre
outros motivos, a atuação da Saúde Coletiva acabou se concentrando nesses
quatro módulos. Isto gerou certa frustração em relação à proposta pedagógica
originalmente elaborada, que previa uma atuação ao longo do curso, de uma
forma mais articulada com as outras áreas de conhecimento médico afins, nos
respectivos módulos temáticos.
Essa situação apareceu em uma das entrevistas da seguinte forma:
No começo, eu sei que alguns de nós tentamos influenciar nos
grupos de planejamento dos módulos, seja no Módulo de Saúde da
Criança, a gente tentou também participar de outros módulos, como
na Saúde da Mulher, se fez alguma coisa no Módulo de Doenças
Mentais, com este objetivo, mais de levar o nosso olhar da Saúde
Coletiva para estas áreas de estudo, mas em geral, nós não fomos
muito bem ouvidos nesses módulos. Os professores estão muito
preocupados com os seus conteúdos específicos de doenças nessas
áreas e com os aspectos clínicos dessas doenças e menos com as
questões epidemiológicas e de Saúde Coletiva. Então, nós não
tivemos muito êxito em participar nesses outros módulos, e hoje eu
vejo como uma dificuldade nossa, o fato de nós estarmos
participando de uma forma meio restrita. Eu acho que a gente
deveria ter uma inserção maior nos módulos temáticos. Nós módulos
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