Page 118 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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momento,  a  escola  poderia  identificar  seus  atores  e  ações,  e  de  forma
            participativa  eleger  e  construir  indicadores  adequados  à  comprovação  e
            acompanhamento das mudanças identificadas.
                 A construção coletiva de indicadores quali-quantitativos se mostrava
            muito importante para estabelecer parâmetros que dessem consistência aos
            resultados e para que as escolas tivessem mais clareza de quais caminhos
            seguir  para avançar em  busca  das transformações.  A proposta  permitia
            que fossem respeitadas as diferentes realidades: para as escolas que ainda
            estavam iniciando as mudanças, os indicadores seriam fundamentais para
            definir  suas  ações;  para  as  que  estavam  em  um  estágio  mais  avançado,
            poderiam auxiliar na correção de rumos e na consolidação das mudanças.
                 Esse processo, além de permitir um diagnóstico nacional das tendências
            de  mudanças  nos  cursos  de  graduação,  e  de  favorecer  o  estabelecimento
            de uma cultura de avaliação nas escolas médicas, foi potencialmente um
            importante indutor de mudanças, à medida que socializou os conceitos e
            apontou caminhos para a superação do modelo hegemônico, fortalecendo
            a discussão  nacional  sobre  a formação  médica  desejada  para atender  às
            necessidades de saúde da população.


                      Este  estudo  permite  abalizar  a  tendência  das  escolas  ao  se  deslocar  de
                      um  modelo  tradicional,  com  movimentos  de  reforma  curricular  que
                      avança  desde  inovações  incipientes  para  movimentos  de  mudanças
                      e  transformações  efetivas  no  modelo  flexneriano,  na  linha  das
                      recomendações dos fóruns de educação médica e das políticas de saúde e
                      educação (Diretrizes Curriculares, ME, 2001, Sinaes, ME, 2004) para
                      um modelo de integração no contexto dos serviços e das NS da comunidade.
                      (CAEM/ABEM, 2006:14)



                 Todo esse processo teve como apoio o Fórum de Avaliação das Escolas
            Médicas que integra o Congresso Brasileiro de Educação Médica – COBEM,
            que ocorre  anualmente,  onde participam  quase  a totalidade das escolas
            médicas do país. Naquela época, isso permitiu a discussão permanente e
            a construção coletiva do processo de avaliação, entendendo os atores como

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